Mais de 17 toneladas de cinza, que corresponderão aos cadáveres de oito mil vítimas da Segunda Guerra Mundial, foram encontradas, quarta-feira, na Polónia, perto do antigo campo de concentração de Soldau.
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Construído em 1939, após a invasão da Polónia pela Alemanha, o campo de concentração de Soldau terá sido o local da morte de 30 mil pessoas. O recinto era utilizado como local de internamento e extermínio de judeus, opositores políticos e membros da elite polaca.
Estima-se que os corpos, cujas cinzas foram agora encontradas, foram desenterrados e queimados durante uma missão nazi para esconder as provas de assassinato.
"É a prova de como os alemães tentaram anular completamente os traços do genocídio que cometeram na Europa Oriental", afirma Tomasz Jankowski, investigador do Instituto da Memória Nacional, uma organização que julga crimes cometidos contra a Nação polaca. Tomasz Jankowski diz ainda que as vítimas encontradas "foram assassinadas em 1939, e provavelmente pertenciam às elites polacas".
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Entre as cinzas, foram encontrados vestígios de tecido, botões e outros objetos, mas nada de valor foi identificado, o que revela que os corpos foram roubados antes de serem queimados. Andrzej Ossowski, investigador de genética, da Universidade de Medicina Pomeranian, afirma que amostras vão ser levadas e estudadas em laboratório.
As 17,5 toneladas de cinza equivalem a cerca de oito mil vítimas. Este número é calculado com base no peso dos restos mortais. Dois quilos de cinza equivalem, aproximadamente, a um corpo.