Uma coligação islamita no Egito exigiu, esta sexta-feira, o fim dos confrontos e pediu aos apoiantes de Morsi que se manifestem diariamente de forma "pacífica", a partir de sábado. O apelo estende-se a todo o país e serve como forma de luta contra a repressão e contra a violência.
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"As manifestações de hoje (sexta-feira) devem acabar com a última oração da noite, a que se seguirão as orações pelos mortos", afirmou à agência noticiosa francesa AFP Gehad al-Haddad, um porta-voz da Aliança Contra o Golpe de Estado e para a democracia.
O mesmo responsável da coligação pró-Morsi alertou contudo que "haverá manifestações contra o golpe todos os dias" a partir de sábado, repetindo o apelo que já fizera aos seus apoiantes durante o dia, e que teve por objetivo defender a "legitimidade das eleições" de 2011 e denunciar o "massacre de mais de 600 pessoas", vítimas dos confrontos com a polícia nos últimos três dias.
O Egito está envolvido numa espiral de violência desde quarta-feira, depois de a polícia ter dispersado violentamente os apoiantes de Morsi concentrados em praças da capital egípcia.
Os apoiantes de Morsi convocaram para esta sexta-feira uma jornada "de raiva", apelando à participação em manifestações em todo o país.
O Egito está sob estado de emergência e o Governo egípcio interino deliberou um recolher obrigatório em metade das províncias do país.