O número de vítimas da colisão entre dois comboios no sul do Paquistão aumentou para, pelo menos, 40 mortos e mais de 100 feridos, segundo o último balanço oficial.
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O choque entre os dois comboios expresso aconteceu de madrugada, no distrito de Ghotki, na província de Sindh. Equipas de resgate militares e paramilitares, helicópteros e ambulâncias estão mobilizadas na operação de salvamento de dezenas de pessoas que ainda estão presas nas carruagens.
A colisão foi provocada após o descarrilamento do "Millat Express", que ficou caído na outra linha.
"Neste momento, o desafio para nós é salvar rapidamente os passageiros que ainda se encontram presos nos destroços", disse o chefe da polícia da cidade de Daharki, Umar Tufail.
As autoridades anunciaram que mais de cem dos cerca de 1100 passageiros que estavam a bordo dos dois comboios ficaram feridos, tendo os feridos graves sido transportados de helicóptero para o hospital da cidade mais próxima.
O ministro da Ciência e Tecnologia do Paquistão, Azam Swati, dirigiu-se ao local do acidente e disse que vários engenheiros e especialistas estavam a tentar determinar o que causou a colisão e que todos os aspetos seriam examinados, incluindo a possibilidade de sabotagem.
O presidente do Secretariado da Ferrovia do Paquistão, Habib-ur-Rehman Gilani, afirmou que o segmento das vias-férreas onde ocorreu a colisão era antigo e precisava de ser substituído.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, apresentou os seus pêsames às famílias das vítimas, acrescentando, na sua conta da rede social Twitter, que pediu a Gilani para supervisionar os trabalhos de salvamento e investigar as causas do acidente.
Mohammad Amin, um dos passageiros do "Millat Express" que sofreu ferimentos ligeiros, revelou à agência noticiosa Associated Press que estavam mecânicos a trabalhar numa das carruagens, antes da partida do comboio da cidade portuária de Karachi.
Os acidentes ferroviários são comuns no Paquistão, apesar das tentativas sucessivas de vários Governos de reestruturar e conservar a rede de caminhos-de-ferro do país.
Em 1990, uma colisão entre um comboio de passageiros e um comboio de mercadorias matou 210 pessoas no sul do Paquistão, sendo o pior desastre ferroviário no país.