A Comissão Europeia afirmou, esta sexta-feira, o objetivo de "reforçar ainda mais Schengen" e de apresentar uma proposta para a criação de uma guarda europeia costeira e de fronteiras.
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Na conferência de imprensa final após o Conselho Europeu de ministros do Interior, em Bruxelas, o comissário europeu responsável pelos assuntos internos e migração, Dimitris Avramopoulos, garantiu que o sistema de livre circulação de pessoas pela União Europeia (UE) "não é o problema".
"Pelo contrário, temos que usar os seus instrumentos e fazer Schengen parte da solução, o que apenas pode acontecer através da implementação adequada das regras, mas também através do reforço do controlo das nossas fronteiras, confiança mútua e troca de informações", considerou.
Para o responsável, a segurança dos cidadãos europeus passa pelo "reforço e melhoramento de Schengen".
Dimitris Avramopoulos informou acerca da proposta que o executivo comunitário irá fazer sobre a criação de uma guarda europeia que opere nas fronteiras costeiras, a qual precisará de seguir o processo legislativo comunitário.
O comissário acrescentou estar ainda a "ser explorada a possibilidade de uma proposta de alteração ao código das fronteiras de Schengen para permitir controlos sistemáticos de cidadãos da UE nas fronteiras externas, como foi solicitado na última reunião dos ministros com esta pasta.
O comissário revelou que o Chipre foi o primeiro país a responder ao mecanismo de Proteção Civil ativado na quinta-feira pela Grécia, para receber apoios materiais como camas.
"Insto os outros Estados-membros a rapidamente seguirem o exemplo, não apenas nesta situação, mas também a enviar pessoas e guardas fronteiriços para o FRONTEX (agência europeia de gestão de fronteiras) para ajudar a Grécia", disse.
Os 28 acordaram ainda em regras de entrada e residência de estudantes, estagiários, voluntários e investigadores de países terceiros.
Os estudantes e os investigadores poderão continuar no espaço comunitário até nove meses do fim dos seus projetos para procurar trabalho ou iniciar um negócio, com a decisão de possibilitar a entrada no mercado de trabalho a continuar a ser uma competência nacional.