Companhias e aeroportos europeus consideram excessivas restrições de voos e pedem "reavaliação imediata"
A principal associação de companhias aéreas europeias e os principais aeroportos do continente pediram hoje uma "reavaliação imediata" das restrições impostas ao tráfego aéreo na Europa, que consideram de excessivas.
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O pedido da Associação Europeia de Companhias Aéreas (AEA), que integra 36 transportadoras, contou com o apoio da associação que representa a maioria dos aeroportos do espaço europeu, a ACI Europe.
As nuvens de cinzas que assolam a Europa foram provocadas pela erupção, na quarta-feira de manhã, de um vulcão do glaciar Eyjafjallajokull, no Sul da Islândia.
Por todo o mundo foram cancelados milhares de voos com destino ao Norte e Centro da Europa e vários aeroportos do continente europeu foram encerrados devido a preocupações de segurança.
"A AEA e a ACI Europe apoiam os esforços disponibilizados inicialmente pela Comissão Europeia, a Eurocontrol, à navegação aérea e às autoridades nacionais sobre os riscos para a segurança (aérea), mas pedimos uma reavaliação imediata das actuais restrições a nível europeu", referiu um comunicado, subscrito pelas duas associações.
"As companhias aéreas e os aeroportos consideram a segurança uma prioridade absoluta, mas questionam a proporcionalidade das restrições impostas", afirmaram as duas entidades.
"A erupção de um vulcão islandês não é um acontecimento sem precedentes e os procedimentos aplicados em outras partes do mundo para as erupções vulcânicas não parecem envolver este tipo de restrições que foram impostas actualmente na Europa", reforçaram as duas associações.
De acordo com Olivier Jankovec, director da ACI Europe, 6,8 milhões de passageiros foram afectados pelo encerramento do espaço aéreo europeu e os prejuízos dos aeroportos europeus já atingiram os 136 milhões de euros.