O primeiro-ministro britanico, David Cameron, mostrou-se horrorizado pela "morte a sangue frio" do refém norte-americano Peter Kassig, reivindicada pelo grupo ultrarradical Estado Islâmico num vídeo divulgado este domingo.
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Também o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, já se manifestou, classificando como um "novo ato de barbárie" a morte do refém norte-americano, raptado na Síria, e de pelo menos 18 soldados sírios.
Em comunicado, Manuel Valls "condena com toda a firmeza este novo ato de barbárie", considerando que "esta atuação reforça a determinação da França em agir contra o EI no Iraque e na Síria".
Quanto ao primeiro-ministro britânico, afirmou-se "horrorizado" pela "morte a sangue frio" de Abdul-Rahman Kassig" (nome que adotou após a sua conversão ao islamismo).
"O Estado Islâmico demonstrou mais uma vez toda a sua perversidade. Os meus pensamentos estão com a sua [Peter Kassig] família", escreveu David Cameron na sua conta do Twitter.
O grupo EI reivindicou hoje a execução por decapitação de Peter Kassig, raptado na Síria em 2013, e de pelo menos 18 soldados sírios.
O grupo radical, que desde agosto já executou quatro reféns ocidentais, mostra no vídeo um homem mascarado, de pé, ao lado de uma cabeça decepada, afirmando ter decapitado Peter Kassig. A veracidade do vídeo ainda não foi confirmada.
"Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano do vosso país (...) ", afirma o homem mascarado, com sotaque britânico, associando esta execução ao envio de conselheiros norte-americanos para ajudar as tropas iraquianas na sua guerra contra o EI.
Ainda não foi possível confirmar se se trata de "Jihad John", o alegado assassino dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff.
Peter Kassig, de 26 anos e ex-soldado no Iraque, tinha-se convertido ao islamismo e fundou uma organização humanitária em 2012 - "Resposta e Assistência Especial de Emergência" - depois de deixar o Exército dos EUA.
Peter Kassig já aparecera num vídeo de 03 de outubro que mostrava a decapitação do refém britânico Alan Henning, em que os jihadistas ameaçavam matá-lo também, em retaliação aos ataques aéreos dos EUA na Síria e no Iraque.
Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI, depois de James Foley e Steven Sotloff.
Dois outros britânicos, Alan Henning, voluntário humanitário, e David Haines, trabalhador humanitário, sofreram o mesmo destino.
Todos eles foram sequestrados na Síria, país em guerra há mais de três anos.
O gabinete dos Negócios Estanheiros britânico indicou que espera conseguir confirmar a autenticidade do vídeo em breve.