A Hotline Covid-19, criada pelo Governo luxemburguês, dá apoio psicológico a quem está deprimido ou com problemas dentro de quatro paredes, bem como aos que temem pelo futuro. Há psicólogos a falar português.
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Angústia e medo. Dois sentimentos que agora andam de mãos dadas e invadem com mais força os habitantes do Luxemburgo em confinamento. E quanto mais tempo passa, mais aumentam. Angústia de ficar infetado pelo novo coronavírus, sobretudo quando começar a trabalhar. E de contaminar, também. Medo de perder o emprego. Angústia pela solidão. Até há quem tenha medo de se tornar uma pessoa violenta dentro das quatro paredes, 24 horas por dia.
Estes desabafos são feitos ao telefone aos psicólogos da Hotline Covid-19 - número 8002 8080 -, que diariamente, incluindo aos fins de semana, das 7 horas da manhã às 23 horas da noite estão disponíveis para apoiar quem precisa e, nos casos mais graves, encaminhar para os serviços especializados.
A parte do apoio psicológico da linha telefónica, inicialmente criada pelo Governo para esclarecer questões sobre o novo coronavírus, funciona desde 30 de março, tendo recebido 450 chamadas relativas a pedidos de apoio. Entre os casos, há quem seja seguido semanalmente pela equipa de 30 psicólogos, que vão alternando em grupos de dois, em turnos de quatro horas. O apoio está disponível em quatro idiomas: luxemburguês, alemão, francês e inglês. Contudo, há alguns psicólogos que dominam a língua portuguesa, conforme assegura a psicóloga Mareike Bönigk, coordenadora do apoio psicológico da Hotline Covid.
Se o utente desejar falar em português e naquele momento nenhum dos psicólogos dominar este idioma, "pedimos para que volte a telefonar no horário em que esteja um psicólogo que fale português", conta a responsável, que entende que por vezes as angústias e problemas são melhor relatados na língua de origem.
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