O Conselho de Segurança da ONU adoptou, esta quinta-feira, por unanimidade, uma resolução que põe fim à autorização para o recurso à força na Líbia, apesar dos pedidos do governo de transição para que a missão fosse prolongada.
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O Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio pediu, na quarta-feira, a continuação da missão da NATO na Líbia pelo menos "até ao fim do ano", argumentando que apesar da morte de Muammar Kadafi os fiéis do antigo regime continuam a representar uma ameaça ao país.
A resolução do Conselho de Segurança, aprovada esta quinta-feira, determina o fim da autorização para uma zona de exclusão aérea e de toda a acção militar para proteger civis na Líbia a partir das 23.59 horas locais de 31 de Outubro.
A NATO, que lidera as operações, deverá reunir-se, na sexta-feira, em Bruxelas para declarar formalmente o fim dos ataques aéreos que começaram há sete meses.
A resolução da ONU atenua o embargo internacional de armas de forma a permitir que o CNT possa adquirir armamento para assegurar a segurança do país e põe fim ao congelamento de bens de uma empresa petrolífera, a Zueitina Oil Company, e às restrições impostas a várias instituições financeiras, incluindo o Banco Central da Líbia.
O CNT declarou a "libertação" formal da Líbia a 23 de Outubro, três dias após a morte de Muammar Kadafi.