Os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas vão reunir-se de emergência ainda esta quinta-feira para discutir a situação no Egito, confirmaram fontes diplomáticas citadas pelas agência noticiosa francesa AFP.
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As mesmas fontes adiantaram que a reunião do Conselho de Segurança vai decorrer à porta fechada e está marcada para às 5.30 locais (22.30 horas em Portugal continental).
A confirmação do encontro surge depois de a França, Reino Unido e a Austrália, em conjunto, terem solicitado, hoje, uma reunião de emergência para discutir a crise no Egito, onde a onda de violência de quarta-feira causou pelo menos 525 mortos, segundo informou o Ministério da Saúde do país.
Os três países fazem parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, atualmente presidido pela Argentina.
Durante a reunião, a realizar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, os embaixadores dos 15 Estados com representação neste órgão da ONU, serão informados doa situação pelo vice-secretário-geral da organização, Jan Eliasson, na ausência do secretário-geral, Ban Ki-moon, que se encontra no Médio Oriente.
As fontes diplomáticas não creem que venha a ser feita uma declaração formal no termo da reunião.
Numa primeira reação aos acontecimentos de quarta-feira, Ban Ki-moon condenara a onda de violência.
A alta-comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, reclamou uma investigação à ação das forças de segurança egípcias.
A Turquia tinha reclamado igualmente uma reunião do Conselho de Segurança.
Os cerca de meio milhar de mortos de quarta-feira incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais, de todo o país, segundo fonte oficial do Ministério da Saúde do Cairo.
A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído, detido pelo exército a 3 de julho.