O Ministério egípcio do Interior anunciou esta quinta-feira que a polícia está autorizada a usar munições verdadeiras quando os manifestantes ataquem bens públicos ou as forças da ordem, noticia a France Presse.
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O anúncio surgiu após manifestantes islâmicos terem ateado fogo a um edifício governamental na província do Cairo e depois da polícia e do exército terem dispersado apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi.
Também esta quinta-feira, pelo menos quatro soldados egípcios morreram e outros cinco ficaram feridos na sequência de dois ataques cometidos por homens armados no Norte-Sinai, informaram à France Press fontes dos serviços de segurança.
As mesmas fontes indicaram que os atacantes, presumivelmente membros do movimento islâmico radical, têm como alvo os militares no sul da cidade de Al-Arich.
A onda de violência no Egito causou pelo menos 525 mortos na quarta-feira, informou hoje o Ministério da Saúde, e a situação já motivou um apelo do papa Francisco à "paz, ao diálogo e à reconciliação".
Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.
A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército a 3 de julho.