Pelo menos 64 pessoas morreram hoje, quarta-feira, no Iraque, numa série de atentados coordenados e visando especialmente a polícia, em oito províncias. Há ainda mais de 200 feridos.
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Fontes policiais citadas pela agência EFE referiram que o ataque mais mortífero ocorreu no comissariado central da polícia em Al Kut, capital da província de Wasit, a sul da capital. A explosão de uma viatura armadilhada conduzida por um suicida provocou pelo menos 23 mortos e 60 feridos.
Num atentado similar, dirigido contra a sede da polícia no bairro de El Cairo, nordeste de Bagdade, foram mortas mais 15 pessoas e 58 ficaram feridas. A explosão do veículo provocou ainda importantes estragos materiais.
Perto da cidade de Kerbala (sul da capital), um veículo com explosivos foi detonado junto a outro posto policial, com um balanço de seis mortos e quatro feridos.
A vaga de atentados também atingiu outras regiões do país, incluindo Bagdad, onde três pessoas morreram e 12 ficaram feridas após a explosão de uma viatura com explosivos no bairro setentrional de Al Kazimiya.
Já na cidade de Al Maqdadiya, província de Diyala, um grupo desconhecido atacou com um carro armadilhado o gabinete do governador, com um balanço de três mortos e 17 feridos, incluindo 12 polícias.
Na zona de Bahraz, perto da cidade de Baquba, uma série de explosões dirigidas contra forças militares e policiais motivou a imposição do recolher obrigatório para evitar mais ataques.
Por outro lado, quatro homens morreram quando colocavam artefactos explosivos perto de Al Faluya, 50 quilómetros a oeste de Bagdad, e uma rua central de Ramadi, capital de Al Anbar.
Esta demonstração de força dos grupos insurrectos iraquianos ocorreu a menos de uma semana do fim da missão de combate do Exército norte-americano e fez recordar os piores momentos de 2006 e 2007, quando a resistência atingiu o auge.
Para os observadores, esta acção coordenada também se destina a contrariar o optimismo dos Estados Unidos sobre a anunciada capacidade das forças de segurança iraquianas em impor a pacificação do país.