A Coreia do Norte demoliu um monumento que simbolizava a esperança de reconciliação com o Sul, dias depois de o líder do regime, Kim Jong-un, ter dito que a reunificação pacífica das duas Coreias já não era possível.
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O Arco da Reunificação, construído em 2000 após uma cimeira histórica entre as duas Coreias, desapareceu das imagens de satélite, de acordo com o "NK News".
Segundo o jornal britânico "The Guardian", Kim Jong-un descreveu o arco, que mostra duas mulheres, uma do Norte e outra do Sul, a segurar um emblema do contorno da península coreana, como uma “monstruosidade”, num discurso feito este mês à Assembleia Popular Suprema, o parlamento oficial do Norte. O líder norte-coreano acrescentou que a constituição do Norte deveria ser alterada para refletir o novo estatuto da Coreia do Sul como “principal inimigo” do país.
O arco de 30 metros, formalmente conhecido como Monumento às Três Cartas para a Reunificação Nacional, simbolizava a autossuficiência, a paz e a cooperação nacional, de acordo com os registos do governo sul-coreano. Localizado na Estrada da Reunificação, que liga Pyongyang à fronteira fortemente armada com o Sul, terá sido erguido para comemorar os planos de reunificação apresentados pelo avô de Kim Jong-un e fundador norte-coreano, Kim Il-sung.
Embora seja simbólica, a sua alegada remoção aumenta os receios de que a Coreia do Norte tenha adotado um rumo mais provocativo nas suas relações com o Sul e os seus aliados, numa altura em que o regime alegou ter lançado o seu primeiro satélite espião em novembro e, na semana passada, disse ter testado o disparo de um novo míssil balístico equipado com uma ogiva hipersónica manobrável.