Uma das sobreviventes do quádruplo homicídio nos Alpes, uma menina de quatro anos, indicou que "ouviu, mas não viu nada" do crime, afirmou, esta sexta-feira, o procurador responsável pelo caso, Eric Maillaud.
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O procurador disse, em conferência de imprensa, que Zeena al-Hilli confirmou a identidade dos familiares que foram mortos a tiro, sendo no entanto incapaz de fornecer mais informações sobre o caso.
Três pessoas da mesma família - pai, mãe e avó materna - residentes num bairro de Claygate, situado a 30 quilómetros a sul de Londres, foram assassinados dentro de um carro com matrícula britânica, num parque de estacionamento florestal na aldeia francesa de Chevaline, perto do lago Annecy, na região de Haute-Savoie.
Os corpos foram encontrados na quarta-feira à tarde, juntamente com o de uma quarta vítima, um ciclista francês.
Duas crianças, aparentemente filhas do casal, seguiam no mesmo carro.
Na mesma conferência de imprensa, Eric Maillaud acrescentou que não sabe quando terá a oportunidade de falar com a outra sobrevivente da tragédia, a irmã de Zeena.
Zainab, de sete anos, que foi alvejada num ombro, está internada num hospital em Grenoble.
"Ela ainda está sob vigilância médica. Os médicos não deram permissão para ser interrogada", referiu o procurador.
"Quando acontecer será na presença de diplomatas britânicos", frisou.
O procurador afirmou ainda que a primeira testemunha que chegou ao local, um antigo piloto da Força Aérea britânica, avistou um carro todo-o-terreno.
"Parece que um carro todo-o-terreno verde ou de cor escura foi visto" pela testemunha, avançou Eric Maillaud.
Em relação ao pai das crianças, Saad al-Hilli, nascido em Bagdade (Iraque) e criado em Londres, o procurador indicou que é "um total desconhecido" para os serviços de informação.
As três pessoas da mesma família foram assassinadas com um tiro na cabeça, mas desconhecem-se os motivos por detrás do crime que a imprensa francesa já apelidou de "matança dos Alpes".