Cuba denuncia "presença provocadora" de submarino nuclear americano em Guantánamo
Cuba denunciou, na terça-feira, a presença "provocadora" de um submarino de propulsão nuclear norte-americano na baía de Guantánamo, que acolhe uma base militar dos Estados Unidos.
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O Ministério das Relações Exteriores de Cuba "rejeita categoricamente a entrada na Baía de Guantánamo, em 5 de julho de 2023, de um submarino de propulsão nuclear que permaneceu até 8 de julho na base militar dos Estados Unidos", disse em comunicado.
Segundo o ministério trata-se de uma "escalada provocativa dos Estados Unidos, cujos motivos políticos e estratégicos não são conhecidos", o que constitui um "perigo representado pela presença e circulação de submarinos nucleares" nas Caraíbas.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, , citando "o porta-voz do Pentágono", afirmou que "continuaremos a voar, navegar e mover ativos militares onde quer que isso seja apropriado pela lei internacional".
Esta denúncia ocorreu quando, nos últimos meses, Havana e Moscovo multiplicaram os sinais de aproximação com o anúncio de futuros projetos conjuntos em várias áreas, em particular na "técnico-militar".
Na terça-feira, o navio-escola Perekop, da Marinha Russa, entrou no porto de Havana para uma "visita oficial" até quinta-feira, segundo a televisão cubana.
Os EUA também acusam a China de, durante anos, tentar desenvolver operações de espionagem a partir de Cuba, que fica a 160 quilómetros da Florida.
Havana reclama regularmente que sejam devolvidos os 117 quilómetros quadrados onde está localizada a base americana, propriedade dos Estados Unidos desde 1898.
Desde 2002, os Estados Unidos usam esta base como uma prisão militar como parte da "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro de 2001.