Roman Abramovich e três membros da delegação ucraniana para as negociações com a Rússia sofreram uma tentativa de envenenamento. Os sintomas, como olhos vermelhos e um lacrimejar constante e doloroso, surgiram depois de uma reunião em Kiev, na Ucrânia, no início deste mês.
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Após as conversações de paz que decorreram no dia 3 de março, em Kiev, Abramovich e três membros da delegação ucraniana ficaram com os olhos vermelhos, com um lacrimejar constante e doloroso, e a pele começou a descamar na zona do rosto e mãos. Os sintomas foram associados a uma tentativa de envenenamento por parte de Moscovo, com o objetivo de boicotar as negociações para pôr fim à guerra. O Kremlin ainda não se pronunciou sobre este assunto.
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A informação foi avançada pelo "Wall Street Journal" e também pelo jornal russo independente "Bellingcat", esta segunda-feira, citando fontes próximas dos envolvidos.
"Nas horas que antecederam os sintomas, os três homens comeram apenas chocolate e água. Um quarto membro da equipa, que também os consumiu, não sentiu nada", escreveu o jornal de investigação russo, no Twitter.
"Com base nos exames feitos, os peritos concluíram que os sintomas resultaram de envenenamento com uma arma química indefinida", acrescentou.
Todos os envolvidos já recuperaram dos sintomas.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também terá participado neste encontro em Kiev, não tendo sido, no entanto, afetado por este alegado envenenamento.
As negociações entre as delegações oficiais russas e ucranianas deverá recomeçar em Istambul, na terça-feira. Acerca destas suspeiotas, um porta-voz do presidente ucraniano disse apenas: "Há muita especulação neste momento, por isso recomendamos que se siga apenas a informação oficial".