Um deputado do Partido Conservador está a ser acusado de ter feito uma aposta de oito mil libras (mais de 9400 euros) na perda do próprio assento parlamentar nas eleições gerais de 4 de julho, no Reino Unido. É o mais recente caso no seio do escândalo das apostas que tem abalado Downing Street.
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De acordo com a imprensa britânica, Philip Davies, que defende atualmente uma maioria de 6242 votos na cidade de Shipley, em West Yorkshire, é o segundo candidato eleitoral acusado de apostar contra si mesmo, depois de o trabalhista Kevin Craig, que entretanto viu retirada a confiança do partido, ter admitido também ter apostado que perderia o assento nas eleições.
Em declarações ao jornal "The Sun", Philip Davies, casado com a ministra Esther McVey, não confirmou nem desmentiu de forma categórica as acusações, mas deixou inferir que sim, ao dizer que "esperava perder" o assento, que a quantia envolvida "não era da conta de ninguém" e que não tinha feito nada ilegal - o que, segundo a imprensa do país, será verdade.
"Espero vencer. Estou a esforçar-me para vencer. Mas prevejo que vá perder. Nas eleições de 2005, esforcei-me para vencer. E também achava que ia perder. Se apostei ou não, não é da conta de ninguém. E se alguém alegar que fiz alguma coisa ilegal, será muito bem-vindo para o provar, mas infelizmente não o fiz", argumentou.
A notícia em torno de Philip Davies foi divulgada depois de vários parlamentares terem sido acusados de fazer apostas em torno da data ou do resultado das eleições. Pelo menos cinco deputados conservadores, alguns dos quais da esfera próxima do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e um trabalhista estão a ser investigados pela comissão eleitoral.