As autoridades belgas confirmaram este domingo a morte de cinco pessoas, entre as quais quatro portugueses, no desabamento de uma escola em obras na cidade de Antuérpia.
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Uma das viúvas tinha acabado de casar e perdeu um filho em fevereiro
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O balanço de sábado dava conta de três vítimas mortais de nacionalidade portuguesa, mas o presidente da autarquia local, De Wever, retificou hoje a informação. O acidente em Jos Smolderenstraat, na Nieuw Zuid, matou quatro portugueses e um moldavo.
Dois corpos foram resgatados dos escombros na sexta-feira e os três últimos ao longo de sábado, numa operação que envolveu peritos em construção e equipas cinotécnicas.
"Uma das viúvas tinha acabado de casar, perdeu um filho em fevereiro e agora o marido. São duros golpes", referiu o autarca, afirmando que já disponibilizou toda a ajuda necessária às famílias das vítimas.
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Dos nove feridos (quatro romenos, dois ucranianos, um português e dois de nacionalidade desconhecida) três permanecem em Unidades de Cuidados Intensivos, mas estáveis. Apenas um já teve alta hospitalar.
Erro de construção?
Um exame forense vai, agora, determinar o que esteve na origem do desabamento do edifício. Ainda assim, De Wever avança que "a hipótese mais provável" é a de erro de construção. "O que torna tudo ainda mais dramático, se é que é possível, uma vez que a escola ia ser inaugurada em setembro. O acidente podia ter acontecido com centenas de crianças no prédio", frisou.
Primeiro-ministro belga envia as condolências a Costa
O primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, enviou uma mensagem a António Costa de condolências às famílias dos trabalhadores que morreram no "trágico acidente" de Antuérpia, informou este domingo o gabinete do chefe do Governo português.
De acordo com a mesma fonte, na mensagem, Alexander de Croo acrescenta que "as autoridades belgas estão a trabalhar com a embaixada de Portugal para o apoio às respetivas famílias".