"Desastre patético". Trump volta a atacar Stephen Colbert e diz que comediante devia ser "eliminado"

Foto: Angela Weiss/AFP
Na véspera de Natal, o presidente norte-americano Donald Trump lançou uma nova onda de críticas contra os "talk shows" de comédia de fim de noite, dizendo que o comediante Stephen Colbert é um "desastre patético" que deveria ser "eliminado".
Numa publicação no Truth Social, Trump escreveu que Colbert "na verdade piorou" desde que foi "despedido pela CBS, mas abandonado à sua sorte". "Stephen está a alimentar-se de ódio e ressaca ~ Um morto-vivo! A CBS devia 'eliminá-lo' AGORA", escreveu Trump.
Colbert apresenta o "The Late Show" desde 2015, programa que se tornou o "talk show" com maior audiência na televisão norte-americana. Os seus monólogos de abertura criticam frequentemente o presidente republicano.
O programa "The Late Show" está previsto terminar em maio de 2026, uma decisão que os fãs consideram censura. A CBS anunciou o fim do programa de Colbert após mais uma temporada em julho, o mesmo mês em que a empresa-mãe fechou um acordo de 16 milhões de dólares (13,6 milhões de euros) com Trump. A CBS classificou o cancelamento como "uma decisão puramente financeira".
Noutra publicação, Trump reiterou as ameaças de cassar as licenças de transmissão das estações cujo conteúdo considerava excessivamente crítico. "Se os telejornais das grandes estações, incluindo os talk shows noturnos, são quase 100% negativos em relação ao presidente Donald J. Trump, ao movimento MAGA e ao Partido Republicano, as suas valiosas licenças de emissão não deveriam ser canceladas? Eu digo que SIM!", escreveu.
No domingo, a nova editora-chefe da CBS, Bari Weiss, retirou do ar um segmento do programa "60 Minutes" sobre alegadas torturas na prisão de CECOT, em El Salvador, alegando que era necessária mais investigação.
Em agosto, a ABC, estação pertencente à Disney, suspendeu brevemente a estrela dos "talk shows" noturnos, Jimmy Kimmel, antes de o trazer de volta com um contrato de um ano. Kimmel tinha irritado os conservadores com comentários após o assassinato do ativista conservados Charlie Kirk.
Trump parece estar a tentar remodelar o panorama dos média norte-americanos, que, segundo ele, é tendencioso contra os conservadores. O seu nomeado para dirigir a Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr, chamou a atenção ao declarar numa audição no Congresso que "a FCC não é formalmente uma agência independente", dando a entender que as suas ações poderiam estar justificadamente alinhadas com as prioridades políticas da Casa Branca.
