Três pessoas foram detidas suspeitos de traficarem mercadorias para a Rússia que podem ser utilizadas para fins militares, depois de uma operação coordenada entre cinco países, adiantou hoje a agência de justiça europeia Eurojust.
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Autoridades da Alemanha, Letónia, Lituânia, Canadá e Países Baixos conduziram uma investigação conjunta sobre a exportação de equipamento tecnológico e de laboratório, em violação das sanções impostas a nível da União Europeia (UE) após a invasão russa da Ucrânia.
A polícia neerlandesa abriu uma investigação no final do ano passado, que revelou "uma rede de empresas utilizadas para contornar a proibição de exportações para a Rússia", segundo a a Agência da União Europeia (UE) para a Cooperação em Justiça Penal.
Segundo a Administração Tributária e Aduaneira neerlandesa (FIOD, na sigla em neerlandês), dois homens, de 56 e 57 anos, foram detidos por suspeita de serem diretores de uma empresa neerlandesa que transporta mercadorias para a Rússia através da Europa Oriental.
Uma mulher de 54 anos também foi detida sob suspeita de participação na operação.
A emissora pública neerlandesa NOS referiu que os produtos contrabandeados valiam centenas de milhares de euros.
A UE já impôs doze rondas de sanções sem precedentes à Rússia, desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Um responsável da UE disse na semana passada que Bruxelas estava a considerar impor uma nova ronda de sanções à Rússia no próximo mês para assinalar o segundo aniversário da invasão da Ucrânia.