
Ataque atingiu cidade dominada pelo Estado Islâmico, na Síria
Nour Fourat/REUTERS
Pelo menos 63 pessoas, na maioria civis, foram, esta terça-feira, mortas no decurso de raides aéreos da aviação síria em Raqa, bastião do grupo Estado Islâmico e considerados os mais mortíferos sobre esta cidade desde o início da guerra, referiu uma ONG.
"Entre os 63 mortos incluem-se pelo menos 36 civis. Há igualmente 20 corpos não identificados que podem ser de civis ou 'jihadistas' e ainda pedaços de corpos de outras sete pessoas", disse à agência noticiosa AFP o diretor do Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.
Segundo precisou, a zona industrial de Raqa foi o alvo de dois ataques aéreos.
"Na sequência do primeiro raide as pessoas acorreram para socorrer as vítimas, e foi nesse momento que se registou o segundo raide", acrescentou Rahmane.
Vídeos difundidos na Internet por militantes de Raqa mostram corpos ensanguentados numa rua próxima de um dos alvos, enquanto uma ambulância acorria ao local.
Raqa é a única capital de província controlada pelo grupo sunita extremista EI desde que surgiu na Síria na primavera de 2013, e a cidade tornou-se no seu bastião.
No entanto, a cidade foi poupada durante vários meses aos ataques aéreos do regime de Damasco, que no mesmo período desencadeou raides sobre posições do EI no norte e leste da Síria. Segundo os militantes, a maioria das vítimas são civis.
Segundo a OSDH, oito raides aéreos sírios provocaram em 06 de setembro na mesma cidade a morte de 53 pessoas, na maioria civis.
Os ataques também vitimaram em 9 de setembro pelo menos 23 civis em Al-Bab, outra praça-forte do EI na província de Alepo (norte).
Posições do EI em Raqa e arredores também foram alvo nas últimas semanas da aviação da coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos.
