O líder do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, afirmou que o movimento contrário ao regime de Kadafi trocará de sede na próxima semana, saindo de Benghazi e instalando-se em Trípoli. O CNT irá declarar-se como o novo Governo da Líbia.
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De volta à Líbia, após uma conferência internacional sobre a situação do país, Jalil anunciou a formação de um órgão de reconciliação nacional, formado por líderes tribais e "sábios".
O líder do CNT disse ainda que um terço de todos os bens líbios congelados por bancos internacionais já foram desbloqueados. Segundo o vice-primeiro-ministro, Ali Tarhouni, foram injectados "centenas de milhões" de dinares das contas do regime de Kadafi, que estavam congelados na economia para recuperar o ritmo normal de vida na capital líbia. Em entrevista à agência noticiosa espanhola EFE, o também ministro do petróleo diz que os fundos são provenientes de bens que estavam congelados por países como a Turquia e os Emirados Árabes Unidos, entretanto descongelados.
O objectivo é pagar salários e facilitar o crédito às empresas para que os comerciantes possam restabelecer os seus inventários e lojas de produtos, e que a actividade económica volte assim às ruas do país. "Já entregámos mais de 100 milhões de dólares ao Banco Nacional, que foram trocados por dinares para ajudar os comerciantes", explicou.
A Líbia também procura recuperar sua capacidade de produção petrolífera, que antes do conflito era de 1,7 milhão de barris diários.
As novas autoridades líbias pediram, entretanto, aos grupos de combatentes anti-Kadafi para deixarem as ruas e retornarem às suas casas para que a normalidade possa ser retomada na capital. Ontem, os bancos reabriram e a maior parte da actividade económica estava a funcionar. Mas em outras partes do país, forças leais a Kadafi continuavam, a resistir e a controlar a cidade natal do ex-líder, Sirte, e as cidades de Bani Walid e Sabha.