Diplomata russo diz que "acordos" atrasam visitas da Cruz Vermelha a prisioneiros
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) fez pelo menos cinco visitas a prisioneiros de guerra ucranianos desde o início da guerra, disse, esta quinta-feira, um diplomata russo, insistindo que "acordos práticos" impedem viagem à prisão de Olenivka.
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O embaixador da Rússia em Genebra (Suíça), Gennady Gatilov, adiantou que as preocupações de segurança foram responsáveis por adiar outra possível visita à prisão localizada em Olenivka, um colonato controlado pela República Popular de Donetsk, apoiada por Moscovo.
"O que o CICV quer é segurança para essas visitas. Às vezes... não é fácil fornecer esse tipo de segurança, porque o bombardeamento continua e, especificamente, o bombardeamento da área de Olenivka", afirmou o diplomata.
"Os nossos colegas da Cruz Vermelha entendem. Ainda acreditam que podem fazer isso. Vão fazê-lo no futuro. E a única coisa que precisamos é apenas discutir os arranjos práticos para esta visita. Do ponto de vista da segurança, em primeiro lugar", acrescentou.
O CICV "vai verificar as condições de internamento e tratamento, vai entregar bens essenciais e garantir que os prisioneiros de guerra possam entrar em contacto com as suas famílias", salientou o organismo.
A organização humanitária reiterou que não conseguiu visitar todos os locais que desejava.
"Culpar o CICV por ter negado acesso total e imediato não ajuda os prisioneiros de guerra ou as suas famílias", lamentou.
No entanto, Gatilov realçou que não é razoável pensar que as equipas do CICV podem visitar todos os 6.000 prisioneiros de guerra ucranianos.
Alguns críticos dizem que o CICV, com sede em Genebra, não fez o suficiente para tentar obter acesso aos centros de detenção russos.
A organização humanitária indicou no domingo que tem uma equipa de 11 pessoas preparada para visitar quaisquer prisioneiros de guerra em áreas controladas por separatistas da região leste de Donetsk, na Ucrânia, incluindo os detidos na prisão de Olenivka.