A Amnistia Internacional denunciou a prisão de seis dissidentes no Vietname, numa altura em que o presidente dos Estados Unidos, Barck Obama, está a realizar uma visita oficial ao país.
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Segundo a Amnistia Internacional (AI), as autoridades vietnamitas levam a cabo uma campanha de intimidação contra dezenas de ativistas, a qual restringe a liberdade de expressão e de reunião pacífica.
Obama chegou ao Vietname na noite de domingo e na segunda-feira reuniu com o seu homólogo vietnamita, Tran Dai Quang, com o primeiro-ministro, Nguyen Xuan Phuc, e com o secretário-geral del Partido Comunista, Nguyen Phu Trong.
"Apesar de (o Vietname) ser o foco da atenção mundial com a visita do presidente dos Estados Unidos, as autoridades locais, vergonhosamente, continuam com a repressão do costume", disse Rafendi Djamin, diretor da Amnistia Internacional para o sudeste da Ásia e Pacífico, em comunicado.
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Os Estados Unidos levantaram o embargo sobre a venda de armas ao Vietname, segundo anunciou na segunda-feira o presidente Barack Obama, durante a visita a Hanói, anulando um embargo de décadas com o antigo inimigo.
Nos últimos dias, seis opositores do regime vietnamita foram detidos e dezenas de ativistas protestaram nas redes sociais contra a presença de polícias à paisana frente às suas casas, impedindo-os de sair.
"Os direitos humanos não podem ser sacrificados por acordos de segurança e comerciais", disse T. Kumar, diretor da legislação internacional da Amnistia Internacional.
A AI insta Obama a pressionar Hanói para conseguir a libertação de todos os prisioneiros políticos no país e para que se avance no reconhecimento dos direitos humanos.
Obama vai reunir esta terça-feira com representantes da sociedade antes de proferir um discurso para a população vietnamita e voar para Ho Chi Minh, onde tem agendados encontros com empresários.
O presidente dos EUA termina a visita na quarta-feira com a inauguração de uma universidade norte-americana.