Os dois atentados terroristas ocorridos hoje, segunda-feira, em Moscovo foram realizados por duas mulheres suicidas, que carregavam cada uma carga explosiva de três quilos, anunciou o Serviço Federal de Segurança da Rússia.
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O Ministério para Situações de Emergência da Rússia anunciou que a explosão na estação de Lubianka provocou 23 mortos e 18 feridos, enquanto o outro atentado do mesmo tipo, na estação de Park Kulturi, fez 12 mortos e 15 feridos.
As explosões em estações diferentes provocaram ainda dezenas de feridos graves, admitindo-se que o número de vítimas mortais possa aumentar.
A primeira explosão ocorreu na estação de Lubianka às 07:50 locais (04:50 em Lisboa), e provocou pelo menos 20 mortos e 11 feridos graves, segundo o Ministério para Situações de Emergência russo. A explosão ocorreu quando um comboio estava parado na estação.
Menos de uma hora depois, ocorreu outra explosão na estação de Park Kulturi, situada na mesma linha do metropolitano, tendo morrido, segundo testemunhas no local, pelo menos 12 pessoas e igual número ficou ferido.
O metropolitano de Moscovo já foi anteriormente alvo de atentados terroristas atribuídos a separatistas islâmicos da Tchetchénia, república russa do Cáucaso do Norte, que posteriormente os reivindicaram. Este parece ser o caso, também.
Ataque simbólico
Segundo as primeiras análises do sucedido, é simbólico o fato de a primeira explosão ter ocorrido na estação Lubianka, antiga Dzerjinskaia, nome dado em honra do fundador da polícia política soviética KGB.
A estação de Lubianla situa-se por debaixo da sede do atual Serviço Federal de Segurança da Rússia, polícia que herdou parte das funções do KGB.
A polícia de Moscovo entrou em estado de alerta. As autoridades da capital russa estão a tomar medidas extraordinárias para normalizar a situação.
Numerosos moscovitas telefonam para as rádios a queixarem-se de que os taxistas começaram a levar somas enormes, aproveitando-se das dificuldades das pessoas que querem chegar ao trabalho.