O Catar revelou, nesta segunda-feira, que Israel e o Hamas chegaram a acordo, para prolongar por mais dois dias a trégua que terminaria hoje.
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai realizar mais uma visita a Israel e à Cisjordânia até ao final da semana, bem como ao Dubai, adiantou hoje fonte da diplomacia dos Estados Unidos.
Esta será a terceira visita do chefe da diplomacia norte-americana ao Médio Oriente desde o início do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro.
"Durante as suas reuniões no Médio Oriente, [Blinken] irá enfatizar a necessidade de continuar a prestar assistência humanitária a Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e melhorar a proteção dos civis em Gaza", referiu um responsável do Departamento de Estado norte-americano, que falou sob condição de anonimato.
Blinken também defenderá mais uma vez a criação de um Estado palestiniano independente como a única solução a longo prazo e discutirá os esforços para "conter o conflito", segundo a mesma fonte citada pela agência France-Presse (AFP).
Dois dos menores libertados esta segunda-feira à noite pelo Hamas são Erez Calderon e Sahar Calderon, de 12 e 16 anos, filhos do cidadão português Ofer Calderon, que continua em cativeiro.
Ofer obteve a nacionalidade portuguesa já depois de ter sido raptado pelo Hamas, a 7 de outubro. De acordo com a CNN, a notícia da libertação dos jovens foi confirmada, em comunicado, pela Comunidade Israelita do Porto (CIP).
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A Human Rights Watch (HRW) divulgou um relatório sobre a explosão ocorrida em outubro no hospital Al Ahli, na Faixa de Gaza, sugerindo que foi causada por um foguete habitualmente utilizado por grupos armados palestinianos.
Esta organização não-governamental (ONG) sublinhou, no entanto, que as suas conclusões sobre o incidente de 17 de outubro, que causou dezenas de mortos, ainda não são definitivas.
"É necessária uma investigação mais aprofundada para determinar quem lançou o alegado foguete e se as leis da guerra foram violadas", pode ler-se no relatório, citado pela agência Efe.
A HRW detalha que reviu fotografias e vídeos, analisou imagens de satélite, entrevistou cinco testemunhas do incidente e as suas consequências, reviu análises publicadas por outras organizações e consultou especialistas para este relatório.
Israel libertou esta noite mais 33 prisioneiros palestinianos. De acordo com a Reuters, que cita meios de comunicação ligados ao Hamas, foram libertadas 30 crianças e três mulheres.
A medida surge no âmbito da trégua acordada entre Israel e o Hamas, que inclui uma pausa nos combates e foi prorrogada por mais dois dias.
As Forças de Defesa israelitas anunciaram que mais 11 reféns libertados esta segunda-feira já estão em Israel.
Segundo o porta-voz do governo israelita, Mark Regev, há várias crianças, incluindo gémeas de três anos, entre os libertados pelo Hamas.
O grupo islamista Hamas anunciou que recebeu a lista de prisioneiros palestinianos que serão hoje libertados por Israel no âmbito de um acordo que prevê também a libertação de 11 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. "O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anuncia que recebeu uma lista de prisioneiros que serão libertados hoje das prisões do inimigo sionista", disse o grupo numa mensagem publicada no Telegram, detalhando que se trata de três mulheres e 30 menores.
Pouco depois, as forças armadas israelitas (IDF) anunciaram que "11 reféns estão a caminho de território israelita, de acordo com informações recebidas da Cruz Vermelha".
Os Estados Unidos, Israel e outros 11 países anunciaram a criação de um grupo de trabalho destinado a interromper os fluxos financeiros internacionais para o movimento islamita palestiniano Hamas.
O objetivo do grupo de trabalho, dirigido pelos EUA, Israel, Alemanha e pelos Países Baixos, será a facilitação de partilha de informações para cortar os fundos ao Hamas, informou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em comunicado.
O grupo de trabalho será composto por membros de unidades de informação financeira de 13 países: Austrália, Canadá, Estónia, França, Alemanha, Israel, Liechtenstein, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
Os EUA saudaram hoje o anúncio da extensão por dois dias da trégua na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas e apelaram a que o cessar-fogo se estenda por um período ainda maior.
De acordo com a BBC, o porta-voz da segurança nacional dos EUA, John Kirby, disse que o Hamas “comprometeu-se a libertar mais 20 mulheres e crianças nos próximos dois dias”.
Centenas de jovens malauianos partiram para Israel para trabalharem em explorações agrícolas abandonadas na sequência dos ataques do Hamas e dos bombardeamentos de Gaza, anunciou o Governo do Maláui. O primeiro voo com 221 jovens partiu do Maláui para Israel no sábado, anunciou o Ministério do Trabalho do país da África Austral, acrescentando que outros seguirão, em breve, o mesmo caminho.
Milhares de trabalhadores agrícolas deixaram as explorações agrícolas de Israel, um setor importante da economia do país, desde os ataques do Hamas a 7 de outubro.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, esta segunda-feira, estar horrorizado com o ataque a tiro ocorrido na noite de sábado no estado de Vermont (nordeste) contra três estudantes de origem palestiniana.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que o líder norte-americano está a acompanhar de perto a investigação em curso e lamentou que o ataque tenha ocorrido justamente quando muitas famílias celebravam o fim de semana prolongado do Dia de Ação de Graças. "Os estudantes deveriam voltar para a universidade com os seus colegas e não para um quarto de hospital", afirmou a porta-voz.
A polícia de Burlington, onde ocorreu o crime, já prendeu um suspeito do ataque que identificou como Jason J. Eaton. O suspeito de 48 anos foi preso no domingo, um dia após o tiroteio ocorrido perto do campus da Universidade de Vermont.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse, esta segunda-feira, que a prorrogação das tréguas em Gaza é um "vislumbre de esperança e humanidade no meio da escuridão da guerra".
Numa conferência de imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres disse esperar que este prolongamento das tréguas permita a entrega de mais ajuda à população de Gaza. "Espero sinceramente que isto nos permita aumentar ainda mais a ajuda humanitária à população de Gaza que tanto sofre, sabendo que mesmo com esse tempo adicional, será impossível satisfazer todas as necessidades dramáticas da população em Gaza", disse.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, Majed al-Ansari, indicou, como parte das negociações em curso, que "foi alcançado um acordo para estender a trégua humanitária por mais dois dias" em Gaza, de acordo com uma mensagem publicada na rede social X.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal destacou a "enorme convergência" e "sentido de urgência" em relação à "solução dos dois estados" para o Médio Oriente dos 43 países europeus e árabes reunidos esta segunda-feira em Barcelona.
"Aquilo que depois de muitos e muitos anos estamos agora a ver pela primeira vez é esta conjugação de entendimento sobre aquilo que precisa de ser feito associado a um sentimento de urgência", disse João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa em Barcelona, no final da reunião da União pelo Mediterrâneo (UpM), que juntou responsáveis políticos pela diplomacia de 43 países e da União Europeia.
O ministro disse que houve no encontro "uma enorme convergência", associada "a um sentimento de urgência" em torno da "necessidade de uma solução de dois Estados [israelita e palestiniano]", que todos os países reconhecem "ser a única real possibilidade de uma solução para a paz e a estabilidade a longo prazo".
O movimento islamita palestiniano Hamas confirmou, esta segunda-feira, que a trégua com Israel na Faixa de Gaza, que terminava na terça-feira de manhã, será prolongada até às 7 horas de quinta-feira (5 horas de Lisboa).
Num comunicado, o Hamas anunciou "um acordo com os irmãos qataris e egípcios para um prolongamento da trégua humanitária temporária, que será por mais dois dias, com as mesmas condições da trégua precedente".
Um dirigente do movimento palestiniano, Ussama Hamdane, tinha anunciado pouco antes que o Hamas estava a preparar "uma nova lista" de reféns a libertar "para prolongar a trégua", enquanto decorriam as conversações para estender o cessar-fogo.
Os filhos de um português que foram libertados pelo Hamas descobriram no sábado que a mãe tinha morrido e que ainda não se sabe do paradeiro do pai.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu, esta segunda-feira, que o diálogo continue entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas para alcançar um "cessar-fogo humanitário definitivo" na Faixa de Gaza e pôr fim ao conflito na região.
Guterres elogiou o papel desempenhado pelo Egito, Catar e Estados Unidos na obtenção de uma trégua temporária de quatro dias, que permitiu a entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestiniano e a libertação de mais de 50 reféns (israelitas e cidadãos estrangeiros) raptados pelo grupo armado palestiniano durante a sua ofensiva de 7 de outubro contra o território israelita, que deixou 1200 mortos.
O ex-primeiro-ministro português sublinhou a importância de alcançar um cessar-fogo "que beneficie a população de Gaza", segundo um comunicado do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, no qual também aplaudiu o papel desempenhado pela Cruz Vermelha na atual conjuntura. "Apelo a todas as partes para que usem a sua influência para pôr fim a este trágico conflito e apoiar medidas que conduzam ao único futuro sustentável para a região: uma solução de dois Estados com Israel e a Palestina a viver lado a lado", afirmou.
A organização não-governamental palestiniana Addameer instoum, esta segunda-feira, e à "proteção imediata" dos 117 presos palestinianos libertados em troca de reféns israelitas em Gaza, contra "ameaças de novas detenções" ou "represálias por parte das autoridades israelitas".
A troca, resultante de um acordo entre o movimento islamita palestiniano Hamas - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza - e Israel, implicava a libertação de 50 reféns em cativeiro em Gaza e de 150 cidadãos palestinianos encarcerados em prisões israelitas -- só mulheres e menores, nos dois casos.
Hoje, deve ser concluída a última fase do processo, com a libertação de 11 israelitas e 33 presos palestinianos, no âmbito do cessar-fogo de quatro dias na Faixa de Gaza que terminará ao final do dia, se não for entretanto prolongado.
Israel propôs ao movimento islamita palestiniano Hamas "uma opção" para prolongar a trégua iniciada na sexta-feira e que deve terminar na terça-feira às 7 horas locais (5 horas em Lisboa), disse hoje um porta-voz do Governo israelita. "Queremos receber mais 50 reféns depois desta noite", afirmou Eylon Levy, citado pelas agências internacionais, sem adiantar mais pormenores.
De acordo com uma fonte de segurança egípcia, as duas partes estão a trabalhar nos detalhes de uma possível extensão. "Israel insiste em renovar a trégua dia após dia", enquanto os mediadores estrangeiros - Catar, Estados Unidos e Egito - propõem uma pausa nos combates de "vários dias", disse a fonte egípcia à agência francesa AFP.
O chefe da diplomacia italiana e antigo presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, condicionou a defesa do reconhecimento da Palestina à concordância de Israel. "Somos amigos de Israel. A Itália não é a favor do reconhecimento da Palestina sem o acordo de Israel", afirmou Tajani numa conferência organizada em Barcelona pelo Partido Popular Europeu.
Tajani disse que Itália quer a paz e defende a existência dos dois Estados como solução para o conflito no Médio Oriente. "Mas se [Israel e a Palestina] não se reconhecerem, é inútil, é propaganda, não me agrada", afirmou, citado pela agência espanhola Europa Press.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse, esta segunda-feira, que o prolongamento da trégua em Gaza é um "objetivo que parece acessível" e realçou que "responde a uma exigência prioritária de evitar mais mortos". "Este é um objetivo que parece acessível, que responde a uma exigência prioritária de evitar mais mortos e que é reivindicada pela opinião pública mundial, incluindo a israelita", disse Borrell, na conferência de imprensa final da reunião de hoje, em Barcelona, da União pelo Mediterrâneo (UpM), onde estiveram representados 43 países europeus e árabes, além da UE.
O alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança realçou que depois dos "ataques e do massacre" do grupo islamita palestiniano Hamas em 7 de outubro e da resposta militar de Israel, com o bloqueio e "bombardeamentos massivos" da Faixa de Gaza, se gerou uma "gravíssima crise humanitária" naquele enclave palestiniano.
O Crescente Vermelho Palestiniano demonstrou "grande preocupação" com a detenção do diretor do centro médico de Khan Younis, juntamente com o diretor do hospital al-Shifa, apelando à comunidade internacional para "garantir a sua libertação".
A organização indicou, num comunicado, que o diretor deste centro médico Khan Younis, Auni Khatab, foi detido em 22 de novembro num posto de controlo montado pelos militares israelitas, onde também foi detido o diretor do hospital al-Shifa, Muhammad Abu Salmiya, e dois outros profissionais de saúde. "As forças de ocupação israelitas recusam-se a fornecer informações sobre o seu paradeiro ou a situação dos detidos, apesar dos repetidos pedidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas", referiu a organização antes de exigir a libertação "imediata" destas quatro pessoas.
Assim, o Crescente Vermelho palestiniano sublinhou que as autoridades israelitas "são responsáveis pela sua segurança" e condenou "a prisão e detenção de profissionais de saúde". "As equipas médicas não devem ser atacadas e o seu trabalho humanitário deve ser facilitado e protegido", lembrou a instituição.
O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou estar a indemnizar as pessoas afetadas pelos ataques israelitas no sul do Líbano durante fogo cruzado, embora a medida não tenha sido anunciada publicamente.
"Não anunciámos a prestação de ajuda direta às pessoas afetadas, mas as autoridades competentes do Hezbollah (Partido de Deus) procederam à avaliação dos danos", disse o deputado do grupo, Hassan Fadlallah, em declarações à televisão local Al Manar, próxima do movimento xiita.
Com a chegada do quarto e último dia do acordo original para a troca de prisioneiros entre o Hamas e Israel, o prolongamento é uma questão no horizonte de ambos os lados. Como estão as negociações para a extensão do pacto que permitiu uma pausa nos conflitos e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza? Leia mais AQUI
A reunião de 43 países europeus e árabes arrancou hoje em Barcelona com um apelo à mobilização da comunidade internacional em torno da "solução dos dois Estados", israelita e palestiniano, no Médio Oriente.
A solução dos dois estados "contribuirá decisivamente para a paz e a segurança em toda a região", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Mnauel Albares, na abertura do encontro da União pelo Mediterrâneo (UpM), uma organização intergovernamental de que faz parte a Comissão Europeia, os 27 estados-membros da União Europeia (UE) e mais 16 países do Mediterrâneo, incluindo Israel, que decidiu, porém, não estar em Barcelona hoje.
Albares, o anfitrião do encontro, apelou à comunidade internacional para "não perder mais tempo" e mobilizar-se em torno de uma conferência de paz para o Médio Oriente.
O Hamas anunciou a vontade de prolongar a trégua com Israel, que termina esta segunda-feira, e está a permitir a libertação de reféns, que ontem continuou. Durante a madrugada, o primeiro-ministro israelita admitiu a possibilidad ede prolongar a trégua e disse que o acordo atual permite a libertação de mais 10 reféns por dia.
Três jovens de origem palestiniana foram baleados em Burlington, perto da Universidade de Vermont, nordeste dos EUA, informou no domingo a polícia, que não descarta tratar-se de um crime de ódio.
Um navio de bandeira liberiana, gerido por uma empresa do bilionário israelita Eyal Ofer, foi atacado ao largo da costa do Iémen e mais tarde libertado, informaram hoje as autoridades.
O governo internacionalmente reconhecido do Iémen culpou os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, pelo ataque, que se seguiu a pelo menos dois outros recentes ligados à guerra Israel-Hamas.
O navio que transportava ácido fosfórico não sofreu danos e a tripulação de 22 pessoas da Bulgária, Geórgia, Índia, Filipinas, Rússia, Turquia e Vietname escapou ilesa ao ataque.
Os chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia debatem hoje em Barcelona a situação no Médio Oriente com a presença da Autoridade Palestiniana, mas sem Israel.
Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo (UpM), um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros e em que estará hoje o chefe da diplomacia portuguesa João Gomes Cravinho.
Israel e a Autoridade Palestiniana fazem parte da UpM, mas Telavive cancelou na sexta-feira a presença em Barcelona depois de a agenda inicial do encontro ter sido alterada e ter passado a ter como ponto único "a situação crítica em Israel e em Gaza-Palestina, assim como as consequências na região".