Dois militares alemães morreram esta quarta-feira na queda de um helicóptero da missão das Nações Unidas no norte do Mali, na região de Gao, quando sobrevoava uma zona conhecida pelos combates entre grupos armados.
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De acordo com a agência de notícias espanhola Efe, que cita fontes da missão da ONU no país (MINUSMA), foi enviada para uma local uma equipa para averiguar as causas do acidentes, que até agora está a ser encarado como um acidente e não como uma queda motivada por qualquer ataque do terreno.
A missão da ONU em Mali é a mais perigosa em todo o mundo, com ataques quase diários, escreve a Efe, lembrando que entre março e abril de 2012, o norte do Mali caiu nas mãos de grupos extremistas com ligações à rede terrorista Al-Qaida.
A progressão no terreno destes grupos extremistas tem sido travada por uma operação militar internacional que foi lançada em janeiro de 2013, por iniciativa da França e que ainda permanece no terreno.
No entanto, existem áreas inteiras do país que ainda estão fora do alcance das forças do Mali, das tropas francesas e da MINUSMA.
Estes ataques têm ocorrido mesmo depois da assinatura em maio e junho de 2015 de um acordo de paz, destinado a isolar definitivamente os extremistas.
Desde 2015, os ataques alastraram-se para o centro e o sul do Mali, mas também para países vizinhos, nomeadamente o Burkina Faso e o Níger.
Portugal foi um dos países que destacou forças para integrar, durante um período de seis meses, esta missão internacional militar no Mali.
A missão portuguesa, que rendeu na zona da capital, Bamako, a força norueguesa que estava no local, regressou no passado dia 31 de maio.
Os militares portugueses foram rendidos no local por operacionais da Dinamarca.