As forças armadas ucranianas começaram, esta sexta-feira, uma operação militar em Slaviansk, no sudoeste do país, para retomar o controlo da cidade. Dois militares ucranianos morreram quando dois helicópteros MI-24 foram abatidos, disse o Ministério da Defesa.
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"Os aparelhos foram abatidos por desconhecidos que utilizaram lançadores portáteis de mísseis. Dois militares ucranianos foram mortos e vários ficaram feridos pelos disparos", indica um comunicado do Ministério da Defesa.
Na sua conta do Facebook, o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, assinalou também que as forças ucranianas controlam já nove pontos que antes estavam sob o comando dos pró-russos.
As forças armadas ucranianas iniciaram, esta sexta-feira de madrugada, uma operação militar em Slaviansk, para retomar o controlo da cidade. A "fase ativa" da operação militar foi lançada, às 04.30 horas, em Slaviansk e Kramatorsk, acrescentou.
O líder das chamadas "Forças de Autodefesa" Igor Strelkov, disse que a cidade está bloqueada pelas tropas ucranianas, e que 20 helicópteros foram usados na ofensiva.
"Todas as estradas estão cortadas, e de todas as direções estão a chegar carros blindados e soldados (...) Eles [ucranianos] utilizaram 20 helicópteros contra nós, de combate e transporte de tropas. O inimigo bloqueou a cidade por completo, as entradas e as saídas", disse Strelkov ao canal de televisão russo 'Rossia 24'.
Outros meios de comunicação afirmam que, para além de tiros e explosões, ouviu-se uma sirene de alerta na cidade.
Um porta-voz dos pró-russos disse à agência RIA Nóvosti que o "ataque está apontado para vários pontos de controlo ao mesmo tempo", explicando que já tinham chegado "blindados e veículos militares" e que dois helicópteros "desembarcam soldados que atacam os pontos de controlo".
Informações indicam que já existe registo de vários feridos entre as tropas pró-russas.
O Ministério do Negócios Estrangeiros russo advertiu na quinta-feira as autoridades de Kiev que em hipótese de lançamento de uma ofensiva poderiam existir "consequências catastróficas".