Faculdade de Medicina do Porto pede alteração da nota mínima para 10 valores

O ministro da Educação deu por encerrada a polémica envolvendo o concurso especial de acesso a Medicina por licenciados, que abriu uma guerra sem precedentes na Universidade do Porto, mas defendeu "consequências dentro da instituição". A pedido do reitor, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai abrir um processo de inquérito, tendo solicitado a António de Sousa Pereira que a nota mínima da prova de conhecimentos para efeitos de ingresso passe de 14 para 10 valores, com eficácia retroativa ao concurso deste ano.

As informações resultam de várias questões que o JN colocou, por escrito, à reitoria da Universidade do Porto e à direção da FMUP. A denúncia pelo reitor ao jornal "Expresso" de ter sofrido pressões para deixar entrar em Medicina, por via daquele concurso, 30 candidatos com nota na prova de conhecimentos abaixo dos 14 valores exigidos fez rebentar uma celeuma que há muito não se via no meio académico, com o ministro Fernando Alexandre a afirmar que António de Sousa Pereira "mentiu" e o diretor Altamiro da Costa Pereira a acusá-lo de "declarações oportunistas". O reitor, por sua vez, manteve o que havia dito.