A Universidade Robert de Aberdeen, na Escócia, retirou o título de doutoramento "honoris causa" atribuído a Donald Trump. Magnata diz que deviam ter anunciado a decisão antes do investimento de 275 milhões de euros.
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"Tenho feito muito pela Escócia", lembra Donald Trump. "Eles deviam ter-me informado antes do meu investimento de 200 milhões de libras". Trump mantém dois campos de golfe no país, com o qual tem também uma relação afetiva, devido às origens - a sua mãe é escocesa.
A instituição considera que "o senhor Trump fez uma série de declarações que são totalmente contrárias aos valores da universidade. Como resultado, foi decidido revogar o seu título honorário". Donald Trump declarou que proibirá a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, caso ganhe as eleições.
Copiando a ideia, foi criada uma petição para barrar a ida de Donald Trump ao Reino Unido, que já conta com 400 mil assinaturas. "Se o Reino Unido vai seguir o critério de 'conduta inaceitável' aos que querem entrar no país, deve ser aplicado tanto aos ricos como aos pobres, aos fracos e poderosos", conclui o manifesto intitulado "Proíbam a entrada de Donald Trump no Reino Unido".
Com este número de assinaturas, a petição torna-se elegível para ser discutida na Câmara dos Comuns, portanto, o parlamento pode decidir debater a possibilidade, segundo refere o jornal "Telegraph".
As reações às declarações alvo de controvérsia continuam. Muhammad Ali, ex-campeão mundial de boxe, declarou que o diálogo deve ser o caminho e não a incitação do ódio. "Acredito que os nossos líderes políticos devem usar o seu lugar para introduzir entendimento sobre o Islão".
Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, lembrou que, como judeu, "lhe ensinaram que devemos ser contra os ataques a qualquer comunidade. Mesmo que o ataque não seja contra ti hoje, os ataques contra a liberdade ferem toda a gente".