O presidente dos EUA adiou a entrada em vigor das novas tarifas aduaneiras para 7 de agosto, dando assim mais uma semana ao comércio mundial para se adaptar às mudanças que se avizinham.
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No passado domingo, a União Europeia (UE) conseguiu chegar a acordo com os Estados Unidos para amenizar as tensões comerciais iniciadas em março, com a consciência de que este é o acordo possível e não o melhor, pois a ambição europeia era maior, de tarifas zero para bens industriais europeus, como a Comissão Europeia chegou a propor.
O acordo comercial fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus, prevendo também o compromisso da UE sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros), o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros) e um aumento das aquisições de material militar.
Foi possível alcançar uma tarifa única de 15% sobre a maioria dos bens da UE exportados para os Estados Unidos, em vez dos 30% ameaçados por Donald Trump, isentando setores estratégicos como semicondutores, componentes aeroespaciais e certos produtos farmacêuticos.
Não haverá uma tarifa semelhante por parte do bloco comunitário, até porque a argumentação norte-americana incide sobre o défice comercial dos Estados Unidos face à UE.
O acordo ainda é preliminar e não totalmente oficial, com detalhes pendentes.
Previsto está que, para já, a UE não suspenda as contramedidas que tinha preparado para o caso de não se chegar a um acordo com os Estados Unidos, enquanto se aguarda a publicação oficial.