Doze pessoas foram detidas em Timor-Leste por crime eleitoral e distúrbios, no âmbito da segunda volta das presidenciais desta segunda-feira. Foram "pequenos incidentes" e a votação correu bem, segundo o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral.
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"Foram detidas sete pessoas em Díli e cinco em Viqueque", afirmou o comandante-geral da Polícia Nacional timorense, Longuinhos Monteiro, que no entanto considerou que o processo correu bem.
Segundo Longuinhos Monteiro, os detidos no distrito de Díli são suspeitos de crime eleitoral, nomeadamente por fotografarem os boletins de voto e por não terem cumprido as regras de votação.
Em Viqueque, apoiantes das duas partes entraram em confrontos, obrigando a polícia a intervir, mas o problema foi sanado, explicou.
Num balanço geral, Longuinhos Monteiro disse que a segunda volta das presidenciais correu melhor do que a primeira, porque houve menos tensão. Em relação aos incidentes, considerou que foram "menores" e por terem sido quebradas as regras.
No mesmo sentido, o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral de Timor-Leste (STAE) disse que a votação decorreu com normalidade, apesar de registados pequenos incidentes.
"Tudo correu bem. Houve problemas pequeninos, mas coisas que acontecem em toda a parte do mundo", afirmou Saturnino Babo, porta-voz do STAE, num primeiro balanço sobre o ato eleitoral.
Os eleitores timorenses começaram a votar às 07.00 horas locais (23.00 horas de domingo em Portugal continental) para escolherem o terceiro presidente de Timor-Leste, desde a restauração da independência há dez anos, entre os candidatos Francisco Lu Olo Guterres e Taur Matan Ruak, ex-chefe das Forças Armadas.
Os mais de 625 mil eleitores puderam votar em 850 estações de voto distribuídas por 630 centros de votação espalhados pelos 13 distritos do país.