Sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, foram assassinadas a tiro num bar no Estado do Mato Grosso, no Brasil, por dois homens que não aceitaram a derrota num jogo de bilhar. Um deles morreu ao tentar fugir da polícia e o outro está detido.
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O crime aconteceu na terça-feira num bairro residencial da cidade de Sinop, Mato Grosso.
As câmaras de videovigilância do estabelecimento permitiram identificar os autores do crime como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, e descodificar as motivações da violência.
Tudo começou quando os dois homens se deslocaram até ao bar na manhã de terça-feira para jogarem bilhar a dinheiro. Depois de várias derrotas consecutivas e de Edgar ter pedido quase quatro mil reais no jogo (cerca de 736 euros), a dupla decide abandonar o local. Regressaram umas horas depois e voltaram a desafiar os adversários para mais um jogo. Mas a sorte não estava do lado de Edgar e Ezequias, que voltaram a perder e foram "gozados" pela derrota.
De acordo com os meios de comunicação do país, é neste momento que Edgar sai do bar, vai até à carrinha e tira de lá uma pistola e uma espingarda. Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram encostadas à parede e só depois é que os homens começaram a disparar contra elas. A primeira vítima foi o dono do bar e a segunda foi o adversário responsável pelas derrotas no jogo.
Ao todo, sete pessoas morreram, incluindo uma adolescente de 12 anos que foi atingida nas costas pelos tiros da espingarda de calibre 12mm.
Os autores do crime ainda tentaram fugir das autoridades, mas sem sucesso. Ezequias morreu, na quarta-feira, após entrar em confronto com a polícia e Edgar foi detido esta quinta-feira de manhã. A polícia já apreendeu a carrinha, armas e munições utilizadas no crime.
"Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de "clubes de tiro", supostamente destinados a "pessoas de bem" (como alega a extrema-direita)", publicou o ministro da Justiça, Flávio Dino, no Twitter.
Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de "clubes de tiro", supostamente destinados a "pessoas de bem" (como alega a extrema-direita). pic.twitter.com/kcCsSDyneI
- Flávio Dino (@FlavioDino) February 22, 2023
Egdar era apoiante de Jair Bolsonaro, estava inscrito no clube de tiro da cidade e costumava publicar vídeos nas redes sociais a praticar os disparos.