O país, que partilha uma fronteira de mais de mil quilómetros com a Rússia, já não enfrenta nenhum obstáculo à integração na aliança militar. O Parlamento turco aprovou ontem a adesão de Helsínquia à organização, deixando o Estado nórdico cada vez mais perto de pertencer à família transatlântica.
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"A Finlândia irá juntar-se formalmente à nossa aliança nos próximos dias. Os 30 aliados já ratificaram o protocolo de adesão", anunciou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, esta sexta-feira, poucas horas após a Turquia ter aprovado a integração do país na organização, algo que vinha a dificultar nos últimos meses.
Depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, em fevereiro de 2022, cresceu, nos países vizinhos, o receio de que o mesmo lhes poderia acontecer. Os temores levaram a que a Finlândia abandonasse a posição neutral relativamente a questões militares, mostrando interesse em fazer parte da NATO.
"Como aliados, daremos e receberemos segurança. Vamos defender-nos. A Finlândia está com a Suécia agora e no futuro e apoia a sua adesão", escreveu Sanna Marin, primeira-ministra finlandesa, numa publicação no Twitter.
A chefe do Governo, que no próximo domingo irá enfrentar um escrutínio que a vai manter, ou não, no cargo, não se esqueceu de fazer referência à Suécia, uma vez que a nação ainda não conseguiu obter a aprovação de Ancara para se juntar à NATO.
Apesar de a Turquia ter colocado algumas barreiras à candidatura da Finlândia, a rapidez das negociações e do processo de adesão alavancaram o desfecho desta sexta-feira, sendo que a ratificação ocorre numa altura em que a Rússia se prepara para assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU - no qual possui um lugar permanente.
A Finlândia será formalmente admitida na NATO durante a próxima cimeira da organização, que está agendada para julho, na Lituânia.
"Estou ansioso para hastear a bandeira da Finlândia na sede da NATO nos próximos dias. Juntos somos mais fortes e seguros", frisou Stoltenberg, no Twitter.
A adesão de Helsínquia à Aliança Atlântica representa o primeiro alargamento desde 2020, quando a Macedónia do Norte passou a fazer parte da organização de defesa.