O diário espanhol "El Pais" divulgou, esta segunda-feira, três imagens do suspeito de conduzir a carrinha que matou 13 pessoas em Barcelona, logo a seguir ao atentado. Buscas estendem-se a nível europeu.
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Trata-se, aliás como já apontava a investigação desde sexta-feira à noite, de Younes Abouyaaqoub, um dos doze membros da célula terrorista que terá organizado os dois ataques na Catalunha e que ainda está fugido às autoridades.
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O governo regional da Catalunha, pela voz do seu responsável do Interior, Joaquim Forn, disse ainda que as buscas por Younes Abouyaaqoub se estendem a nível europeu: a Espanha comunicou hoje a todas as polícias europeias a identidade do motorista do ataque.
Esta manhã também, os Mossos D'Esquadra confirmaram oficialmente que o suspeito foi identificado declarando que é "perigoso " e que "pode estar armado".
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As imagens, hoje divulgadas, foram captadas no Mercado de la Boqueria, muito perto de onde, momentos antes, tinha abandonado a carrinha utilizada para atropelar cerca de 100 pessoas, na quarta-feira passada. Depois de matar 13 pessoas, o suspeito colocou os óculos de sol e pôs-se em fuga.
Segundo o "El Pais", Abouyaaqoub dirigiu-se depois à zona universitária, onde roubou um Ford Focus. O "La Vanguardia" acrescenta ainda que o suspeito apunhalou o dono da viatura, um espanhol de 34 anos, que morreu e será a 15ª vítima mortal do atentado. Antes, manteve a calma: fugiu a passo, misturado na multidão e pelo meio do caos que se instalou.
Questionado pelos jornalistas, o conselheiro do Interior do governo autónomo catalão acrescentou que o "imã de Ripoll não tinha antecedentes" e que a "comunidade muçulmana não pensava que fosse um radical".
Joaquim Forn referia-se ao alegado mentor do duplo atentado na Catalunha que fez 13 mortos, e que segundo investigações citadas pelo El Pais terá morrido na explosão da casa de Alcanar, Tarragona.
No domingo, o jornal El Pais, citando fontes próximas da investigação, noticiava que o imã, um homem de 40 anos, podia "ser próximo do salafismo, uma corrente que defende uma interpretação radical do Islão e que defende a instauração de uma ordem islâmica".
Segundo as fontes da mesma notícia, na Catalunha há 79 locais de oração, sendo que "um em cada três seguem essa doutrina" (salafismo).
De acordo com notícias publicadas pelo Europa Press, o imã tem antecedentes criminais tendo cumprido uma pena de quatro anos de prisão por tráfico de droga.
Por outro lado, Joaquim Forn disse igualmente que "nesta altura está afastada a hipótese de um novo atentado" e que por isso "não foi ativado o nível de segurança cinco".