O embaixador do Iraque em Lisboa, Hussain Sinjari, agradeceu a "posição positiva" de Portugal na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia em que foi decidido enviar armas às forças curdas que combatem os "jihadistas".
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"Venho pelo presente apresentar os meus agradecimentos ao Governo da República Portuguesa pela sua posição positiva durante a reunião (...), na qual foi decidido o apoio ao nosso povo na Zona Autónoma do Curdistão, bem como o apoio às minorias étnicas e religiosas", afirma o embaixador num comunicado enviado às redações, esta segunda-feira.
O embaixador valoriza também "os esforços desenvolvidos no terreno", destacando "o apoio aos desalojados e àqueles que se encontram sitiados nas montanhas", uma referência ao cerco por "jihadistas" de dezenas de milhares de civis da minoria Yazidi nas montanhas de Sinjar (Curdistão).
O diplomata agradece igualmente à UE o apoio às forças curdas ("peshmergas") e iraquianas, considerando que vai permitir "ajudar a erradicar o terrorismo do grupo ISIS e de outros grupos fanáticos islâmicos" e facilitar "o regresso dos desalojados às suas casas e às suas aldeias".
ISIS é a sigla em inglês de "Islamic State in Iraq and Syria", o grupo "jihadista" Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) presente na Síria e que em junho lançou uma ofensiva no norte do Iraque e declarou um califado, assumindo a partir de então a designação de Estado Islâmico (EI).
Reunidos de emergência em Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE decidiram, na sexta-feira, fornecer armas aos combatentes curdos no Iraque, cabendo a cada Estado membro decidir se participa nesse apoio.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, afirmou após a reunião que Portugal vai contribuir com ajuda humanitária, "dentro das suas possibilidades", para ajudar as minorias perseguidas no Iraque.
"Portugal, neste momento, comprometeu-se a estudar e a dar um auxílio humanitário, de acordo com as suas possibilidades financeiras, que não são, neste momento, extremamente abundantes", afirmou.