O pedido de demissão do Governo kuwaitiano foi apresentado esta terça-feira na sequência de várias semanas de protestos na rua contra as suspeitas de corrupção cometidas pelo primeiro-ministro, Nasser al-Mohammad al-Sabah.
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O emir Ahmed al Sabah aceitou o pedido. Segue-se a demissão do Parlamento e a convocação de novas eleições. De acordo com o jornal espanhol "El País", após ser conhecida a decisão, cerca de 90 mil kuwaitianos saíram à rua para celebrar a queda do Governo.
Apesar das críticas aos ministros de Nasser al-Sabah não serem de hoje, agudizaram-se com o início da chamada Primavera Árabe, em Janeiro deste ano. Desde então, já se verificaram a queda de três ditadores: Ben Ali (Tunísia) Hosni Mubarak (Egipto) e Muammar Kadafi (Líbia).
Outros regimes, como o iemenita e o sírio, estão a ser fortemente pressionados pelas instâncias internacionais para levarem a cabo reformas profundas.
esta terça-feira, o Governo da Arábia Saudita apelou aos seus cidadãos para deixarem a Síria, após oito meses de protestos fortemente reprimidos pelo Exército, seguindo o exemplo do Bahrein e do Qatar.
Em Marrocos, onde o rei Mohamed VI tentou evitar a queda do regime com a aprovação de uma nova constituição e a marcação das primeiras eleições desde 2007, foi ontem conhecido o nome do novo primeiro-ministro.
Abdelilá Benkiran, 57 anos, é o líder do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (islamistas moderados), que venceu as eleições de domingo, com 30% dos votos.
A votos está também o Egipto. Ontem, decorreu o segundo dia de votação para as eleições legislativas, em nove províncias, tendo-se registado menos afluência do que na segunda-feira.
O general Ismail Atman, da Junta Militar que governa o país, espera que 70% dos eleitores depositem o seu voto nas urnas.