Os investigadores, funcionários e militares brasileiros resgatados do incêndio ocorrido no sábado na Estação Antártida Comandante Ferraz chegaram esta madrugada ao Brasil, transportados por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
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O avião militar partiu do Brasil no domingo para ir buscar a equipa, de cerca de 40 pessoas, que se encontrava na cidade chilena de Punta Arenas, segundo informações da Agência Brasil.
O primeiro resgate foi feito ainda no sábado com a ajuda de aviões chilenos e argentinos. Dois militares brasileiros morreram no acidente e outro sofreu queimaduras leves e está fora de perigo.
De acordo com a Agência Brasil, ao desembarcarem no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, os cientistas apresentavam sinais de cansaço e lamentavam a grande perda, em termos de pesquisas, que o incêndio representou.
"As mostras [perdidas] são insubstituíveis. Estava participando num projeto de hidrografia e perdemos as amostras todas que foram recolhidas desde Dezembro", afirmou o investigador Caio Cipro.
O sargento da Marinha ferido durante o incêndio, Luciano Gomes Medeiros, foi transferido para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que o incêndio teve início na praça das máquinas, onde ficava o gerador de energia da base, em funcionamento desde 1984. A estimativa é de que 70 por cento da estação tenha sido destruída.
No domingo, a Presidente Dilma Rousseff garantiu, ao manifestar o seu pesar pelo acidente, que a base será reconstruída.
Segundo estimativa do ministro da Defesa, Celso Amorim, o trabalho de reconstrução deverá levar cerca de dois anos.