O presidente turco, Recep Erdogan, prometeu eliminar "os vírus" facciosos no Estado, ao dirigir-se a uma multidão de simpatizantes depois da tentativa de golpe de Estado de sexta-feira.
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Erdogan afirmou que a Turquia vai considerar repor a pena de morte no país, após a tentativa de golpe de Estado da passada sexta-feira.
"Nas democracias, as decisões são baseadas naquilo que o povo diz. Eu penso que o nosso governo irá falar com a oposição e chegar a uma conclusão", disse, reagindo ao pedido das multidões em Istambul, que reclamam a pena capital, que foi abolida na Turquia em 2004, no quadro da candidatura da adesão de Ancara à União Europeia.
"Não podemos continuar a adiar isto, porque, neste país, aqueles que lançam um atentado terão de pagar um preço por isso", disse aos apoiantes, após participar em funerais de vítimas do golpe falhado.
"Vamos continuar a eliminar os vírus de todas as instituições do Estado. É um vírus, como um cancro, que se propaga a todo o Estado", afirmou Erdogan numa cerimónia na mesquita de Fatih, em Istambul, em memória das vítimas dos militares rebeldes.
De microfone na mão, o presidente turco apelou também aos seus partidários para continuarem nas ruas a manifestar o apoio ao regime.
A Turquia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite.
O último balanço aponta para 161 mortos entre civis e forças leais ao presidente Recep Erdogan, 1.440 feridos e 2.839 militares revoltosos detidos.
Yildirim adiantou que 20 militares revoltosos morreram no decurso da tentativa de golpe de Estado, números que contrariam o balanço inicialmente avançado pelas Forças Armadas, que apontavam para 104 mortes entre aqueles militares, abatidos pelas forças leais ao presidente Erdogan.