Sete das dez crianças vítimas do tornado que na segunda-feira atingiu Oklahoma, nos EUA, morreram numa escola que não tinha abrigo próprio para estas situações. As operações de resgate por sobreviventes terminaram.
Corpo do artigo
O presidente da Câmara de Moore, a cidade que ficou completamente destruída pela passagem do tornado, assegurou, à CNN, que nos próximos dias irá propor a aprovação de uma lei que determine a construção de abrigos em todas as novas casas.
Graças a um programa federal, foram construídos refúgios em mais de 100 estabelecimentos de ensino de Oklahoma, mas as duas escolas primárias afetadas pela tragédia desta semana - a de Briarwood e a Plaza Towers - não tinham. Foi nesta última que morreram sete das 10 crianças vítimas do tornado. A mais nova tinha quatro meses, a mais velha 9 anos.
Professora considerada uma heroína
Suzanne Hale, uma das professoras da escola primária de Briarwood, conseguiu salvar todos os seus alunos mesmo estando gravemente ferida. Segundo o jornal inglês "Daily Mail", Suzanne obrigou as crianças a permanecerem debaixo das secretárias durante os cerca de 40 minutos que durou o tornado. Mais tarde, apesar de ter um poste cravado numa das pernas, cobriu-os com o próprio corpo, evitando que fossem atingidos pelos objetos arrastados pelo vento. Quando foi resgatada, entrou em choque.
Buscas por sobreviventes terminaram
As autoridades deram, quarta-feira, por concluídas as operações de resgate, mantendo--se o número de mortos nos 24 e o de feridos em 237. Mais de 100 pessoas foram resgatadas dos escombros.
"Revistámos todos os veículos, estruturas e casas danificadas por três vezes", sublinhou aos jornalistas Gary Bird, chefe dos bombeiros. "Graças a Deus que isto não foi pior".
A atenção dos socorristas centra-se agora nos sobreviventes. Mais de 10 mil pessoas foram afetadas pelo tornado e mil pessoas já pediram ajuda à Agência Federal de Emergência (FEMA), que enviou dezenas de trabalhadores para ajudar na recuperação de Oklahoma.
"A nossa prioridade é arranjar um local onde as pessoas que perderam as casas possam ficar", explicou Craig Fugate, da FEMA. "Estamos a percorrer todos os bairros para saber quais são as necessidades das pessoas".