Um cidadão tunisino foi acusado de ter esfaqueado mortalmente um homem polaco na véspera de ano novo, um caso que gerou protestos anti-imigração numa pequena cidade na região nordeste da Polónia.
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O presidente da câmara da cidade de Elk, Tomasz Andrukiewicz, atribuiu os protestos ao sentimento anti-estrangeiros que tem vindo a ganhar terreno na Europa, segundo relatou a agência noticiosa polaca PAP, citada pela norte-americana Associated Press (AP).
O incidente aconteceu quando no sábado um homem polaco de 21 anos, identificado como Daniel R., entrou numa discussão com os empregados de um restaurante de kebabs em Elk, uma cidade com 60 mil habitantes localizada no nordeste da Polónia.
O Ministério Público polaco afirmou hoje que os investigadores ainda estão a reunir elementos para tentar entender as circunstâncias do incidente.
Mas, segundo as primeiras informações divulgadas, Daniel R. e outro homem polaco terão levado duas garrafas de bebida do restaurante, identificado como Príncipe Kebab, sem pagar.
A ação dos dois homens desencadeou uma violenta discussão e o cozinheiro do restaurante, um tunisino de 26 anos, esfaqueou duas vezes o polaco de 21 anos com uma faca da cozinha.
Caso seja declarado culpado e condenado de homicídio, o tunisino pode enfrentar prisão perpétua, de acordo com as autoridades polacas.
O Ministério Público informou igualmente que o segundo homem polaco lançou petardos para o interior do restaurante.
No dia seguinte ao incidente, no domingo, várias pessoas concentraram-se em frente ao restaurante para acender velas. A ação degenerou e as pessoas começaram a gritar frases anti-imigração e arremessar pedras e petardos. As janelas do restaurante ficaram partidas.
Quando a polícia chegou ao local, alguns participantes do protesto lançaram pedras e garrafas contra os agentes. No total, foram detidas 28 pessoas por destruição de propriedade pública e perturbação da ordem pública, segundo informou o porta-voz da polícia local, Rafal Jackowski.