Espanha está a planear criar uma licença para mulheres que sofrem com dores menstruais fortes. Um projeto de lei, divulgado pelos meios de comunicação espanhóis, prevê que as mulheres possam ter uma licença menstrual de três dias por mês - ou cinco, em algumas circunstâncias.
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Menstruações dolorosas e um atestado médico vão permitir que as mulheres espanholas tenham uma licença de três dias por mês. No caso das mulheres com dores particularmente intensas ou incapacitantes, náusea, tonturas e vómitos, a licença poderá ser estendida para cinco dias por mês, segundo o jornal espanhol "El País". Por outro lado, não se espera que se aplique a quem sofre de desconforto leve.
Segundo os meios de comunicação que tiveram acesso ao rascunho, que ainda está a ser trabalhado, o projeto de lei deverá ser apresentado no início da próxima semana. Se aprovado, este será o primeiro direito legal na Europa. A licença menstrual só existe num pequeno número de países, incluindo o Japão, Taiwan, Indonésia, Coreia do Sul e Zâmbia.
A legislação espanhola faz parte de uma reforma de saúde reprodutiva mais ampla, que incluirá mudanças nas leis do aborto, uma extensão da licença de maternidade, a abolição do IVA sobre alguns produtos de higiene e a disponibilização gratuita de produtos de higiene nos centros públicos, como escolas e prisões.
De acordo com a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia, cerca de um terço das mulheres sofrem de dor intensa na menstruação, conhecida como dismenorreia. Os sintomas incluem dor abdominal aguda, diarreia, dores de cabeça e febre.