O espião infiltrado na al-Qaeda que impediu um atentado contra um avião destinado aos EUA era um simpatizante da 'guerra santa' a quem os sauditas 'deram a volta'.
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A al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) esperava que o facto de o homem em causa, saudita, ter passaporte britânico facilitasse a sua entrada nos Estados Unidos, avançou a cadeia televisiva ABC.
O agente ter-se-ia voluntariado para realizar um atentado suicida contra um avião destinado aos EUA e terá recebido treino no Iémen para o efeito, adiantou a CNN.
Posteriormente, fugiu com o engenho, que entregou aos seus contactos, e forneceu informações que permitiram que os norte-americanos matassem, através de uma operação aérea, um alto responsável da AQPA, Fahd al-Quso.
O diário "Los Angeles Times" tinha avançado no início da semana que a missão do espião era conseguir obter um novo tipo de bomba, não metálica, que os responsáveis da AQRA estavam a desenhar para passar facilmente através da segurança do aeroporto.
A CNN acrescentou ainda que o homem tinha sido um simpatizante 'jihadista', a quem os serviços de informações sauditas 'reviraram' há cerca de um ano.
"O agente foi enviado para o Iémen depois de os sauditas terem sabido, por informadores no país, que a AQPA estava a preparar um novo ataque", pormenorizou a CNN.
A televisão NBC, por sua vez, revelou que os serviços de informações britânicos estiveram "muito envolvidos" no recrutamento do espião.
A intenção da AQPA pretender recrutar muçulmanos com passaportes ocidentais, para realizar atentados como este que foi abortado, já tinha sido avançada pelos serviços de informações dos EUA e do Reino Unido, adiantou ainda este canal de televisão.