O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou, este domingo, um vídeo que alegadamente mostra a decapitação de 21 cristão egípcios sequestrados na Líbia.
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Os egípcios, vestidos com fatos cor-de-laranja, foram decapitados depois de serem obrigados a deitar-se numa praia. Uma legenda no vídeo indica que a localização é "Wilayat Tarabulus junto ao Mar Mediterrâneo", o que sugere que tenha sido filmado perto de Tripoli.
É a primeira vez que o Estado Islâmico divulga um vídeo deste género, mostrando uma matança em território fora da Síria ou da Iraque.
O carrasco principal dos 21 que aparecem no vídeo declara estar "a sul de Roma, na terra do Islão, Líbia, enviando mais uma mensagem.
O vídeo tem como título "Mensagem assinada com sangue para a nação da cruz" e foi divulgado pelo Al-Hayat Media Center, que funciona como difusor de informações do Estado Islâmico.
No vídeo agora divulgado, intitulado "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz", há uma legenda nos primeiros segundos que refere que o vídeo é dirigido às "pessoas da cruz, seguidores da igreja egípcia hosti".
A alta qualidade da produção, nota o "The New York Times", é um contraste evidente com o fraco nível técnico que habitualmente têm os vídeos amadores produzidos pelos grupos mais pequenos e que apenas se consideram afiliados ao Estado Islâmico.
O vídeo hoje divulgado mostra uma produção ao nível do que tem sido feito nos vídeos produzidos diretamente pelo EI e que têm gerado indignação em todo o mundo. Tem imagens cuidadas e profissionais, o que sugere que as células terroristas que operam longe fora da Síria e do Iraque estão a estreitar cada vez mais os laços com o grupo jiadista.