O Estado Islâmico publicou, esta terça-feira, um vídeo em que mostra a execução do piloto jordano Moath al-Kasaesbeh. O militar foi preso pelos extremistas dentro de uma jaula e queimado vivo.
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O vídeo foi publicado no YouTube e apagado de imediato. Nas imagens, Moath al-Kasaesbeh está preso dentro de uma jaula e vê-se um fio de combustível a arder até o queimar.
Antes da execução, o piloto dirigiu-se diretamente à câmara, com um olho negro, e revelou detalhes sobre a missão que cumpria no âmbito da coligação internacional.
A televisão pública jordana confirmou a morte do piloto e afirma que ele foi morto há cerca de um mês, tal como tinha sido avançado por elementos da oposição ao Estado Islâmico, na cidade de Raqqa.
A Jordânia tentou negociar a libertação do piloto, por troca com uma bombista iraquiana condenada à morte, mas as negociações pararam, quando os extremistas não aceitaram provar que Moath estava vivo.
Moath era piloto de caças F-16 e estava envolvido nos bombardeamentos contra o Estado Islâmico. Foi capturado quando uma avaria no avião o fez despenhar numa zona controlada por terroristas.
Há informações que indicam que Sajida al-Rishawi, a bombista presa que seria usada como moeda de troca por reféns do Estado Islâmico, será executada, esta quarta-feira, juntamente com mais quatro jiadistas ligados ao Estado Islâmico.
No sábado passado, os militantes da organização jiadista executaram o refém japonês Kenjo Goto, um jornalista de 47 anos capturado em finais de outubro.
Antes, os jiadistas já tinham executado o outro refém nipónico, Haruna Yukawa, que fora sequestrado em meados de agosto do ano passado, quando facultava apoio logístico a um grupo rebelde implicado na guerra civil síria e rival do Estado Islâmico.
Além dos dois japoneses e do piloto jordano, o Estado Islâmico reivindicou, desde agosto, ter executado cinco reféns ocidentais: três norte-americanos e dois britânicos.
Em Washington, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que no caso de ser verdadeiro, o vídeo mostra a "barbárie" do Estado Islâmico. "Se aquele vídeo for autêntico, é mais uma prova da crueldade e da barbárie daquela organização", afirmou Barack Obama.
O presidente norte-americano apelou também para que a "vigilância e determinação" para lutar contra os jiadistas sejam reforçada