O grupo autoproclamado Estado Islâmico afirmou, esta quarta-feira, ter decapitado um cidadão croata de 31 anos sequestrado no Egito, publicando uma imagem do alegado corpo da vítima.
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Funcionário de uma empresa francesa, Tomislav Salopek foi sequestrado a 22 de julho por um grupo de homens armados não identificados numa estrada a cerca de 22 quilómetros a oeste do Cairo.
Posteriormente, os jiadistas ameaçaram matar o refém croata num prazo de 48 horas caso as autoridades do Cairo não libertassem "as mulheres muçulmanas" detidas em prisões egípcias. O prazo estabelecido pelos extremistas terminou na passada sexta-feira.
A autenticidade da imagem do corpo divulgada através de contas na rede social Twitter conotadas com o grupo extremista ainda não foi verificada.
A imagem publicada foi acompanhada por uma legenda: "Execução de prisioneiro da Croácia - que tem participado na guerra contra o Estado Islâmico - depois do prazo expirar".
O rapto deste cidadão croata, e a sua alegada execução, é um caso sem precedentes no Egito, país que está a tentar combater a insurgência jiadista na contestada Península do Sinai.
O sequestro de Tomislav Salopek teve impacto nos cidadãos estrangeiros que trabalham nas multinacionais a operar no território egípcio, bem como revelou que o EI continua com um forte poder de alcance apesar da grande campanha militar internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra as posições extremistas.
Os jiadistas do EI, combatentes que iniciaram em junho de 2014 uma grande ofensiva e que se assumem como participantes numa 'guerra santa', proclamaram um "califado" nos vastos territórios que controlam na Síria e no Iraque.