Os Estados Unidos anunciaram que vão reabrir no domingo todas as embaixadas encerradas devido a ameaças terroristas, à exceção da representação no Iémen.
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Uma porta-voz do Departamento de Estado informou que os Estados Unidos vão manter encerrado o consulado na cidade paquistanesa de Lahore, de onde foram retirados os seus funcionários.
Os Estados Unidos fecharam cerca de duas dúzias de embaixadas e consulados desde 4 de agosto, depois de comunicações da Al-Qaida intercetadas pelos serviços de informações norte-americanos alertarem para a possibilidade de um ataque iminente.
Os encerramentos afetaram virtualmente todas as embaixadas e consulados no mundo árabe e foram alargados a alguns países da África subsariana.
A porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki disse que 18 das 19 embaixadas e consulados sujeitos a encerramento serão reabertos no domingo, dia de trabalho na maioria dos países muçulmanos.
"A nossa embaixada em Sana, no Iémen, vai permanecer encerrada por causa de uma série de ameaças dando conta de possíveis ataques terroristas por parte de células da Al-Qaida na península arábica", adiantou Psaki.
Acrescentou, por outro lado, que o consulado na cidade paquistanesa de Lahore, encerrado por causa de uma ameaça contra as instalações entendida como credível, também permanecerá encerrado.
A porta-voz disse ainda que os Estados Unidos vão continuar a monitorizar as ameaças em Sana e Lahore para decidir quando reabrem as missões diplomáticas.
O Presidente Barack Obama, em declarações feitas na sexta-feira numa conferência de imprensa, disse que os Estados Unidos estavam a tentar aumentar a capacidade dos países para desmantelarem células locais da Al-Qaida.
"Aquela Al-Qaida bem organizada e relativamente centralizada que nos atacou no 11 de setembro foi quebrada", disse Obama. "Está agora muito mais fraca e com pouca capacidade operacional", afirmou.
No entanto, alertou, as filiais da rede terrorista e outros grupos extremistas têm capacidade para atacar embaixadas e interesses norte-americanos e exigem que os Estados Unidos se mantenham vigilantes.
A administração Obama optou pelo encerramento das embaixadas e consulados depois de ter sentido o ceticismo dos norte-americanos pela morte de quatro diplomatas, incluindo o embaixador Chris Stevens, num ataque em setembro de 2012 levado a cabo por extremistas islâmicos contra o consulado de Bengasi, na Líbia.