As autoridades georgianas continuam a retirar estátuas de Estaline das cidades do país e prometem para breve "rebaptizar" nomes de praças e ruas com o nome do ditador comunista que governou a União Soviética entre 1924 e 1953.
Corpo do artigo
Na madrugada passada, uma estátua de Estaline, com cerca de três metros de altura, foi desmontada durante a madrugada de domingo em Tkibuli, cidade do ocidente da Geórgia.
“A decisão de remoção do monumento foi tomada pelas autoridades municipais devido à reconstrução do centro de Tkibuli”, declarou aos jornalistas um porta-voz do poder local.
A “reconstrução do centro da cidade estava planeada para 2009, mas esses trabalhos começaram, de facto, agora”, acrescentou.
O monumento, que foi erigido durante a vida de Estaline, já fora removido nos anos 80 do séc. XX, quando a Geórgia era dirigida pelo Presidente nacionalista Zviad Gamsakhurdia, mas regressou ao mesmo lugar dez anos depois, na época em que a presidência do país era ocupada por Eduard Chevarnadzé, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS.
A operação de desmontagem não foi previamente anunciada e decorreu com forte presença policial.
Dois dias antes, operação semelhante foi feita na cidade georgiana de Gori, cidade natal do ditador.
Nika Rurua, ministro da Cultura da Geórgia, anunciou que todas as ruas e praças do país com o nome de Estaline serão brevemente "rebaptizadas".
Mikhail Saakachvili, actual Presidente georgiano, apoiou esta operação: "Há museus e aí devem estar as exposições.
No país não devem existir paralelamente um museu da ocupação (soviética) e monumentos àqueles que deram ordens às tropas para ocupar a Geórgia".
O seu antecessor, Eduard Chevarnadzé, condena a operação, considerando uma "guerra contra a história".