O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou o despedimento de um diplomata norte-americano por manter uma relação amorosa com uma cidadã chinesa alegadamente vinculada ao Partido Comunista Chinês (PCC), violando uma proibição introduzida no ano passado.
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Segundo fontes oficiais, trata-se do primeiro caso conhecido de aplicação dessa regra, imposta durante os últimos meses da administração de Joe Biden, que proíbe todos os funcionários do Governo norte-americano destacados na China - bem como familiares e contratados com acesso a informações confidenciais - de manterem relações sentimentais ou sexuais com cidadãos chineses.
O porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, afirmou em comunicado que o diplomata foi demitido após o presidente Donald Trump e o secretário de Estado, Marco Rubio, terem revisto o caso e concluído que o funcionário "admitiu ter ocultado uma relação amorosa com uma cidadã chinesa com ligações conhecidas ao Partido Comunista Chinês".
"Sob a liderança do secretário Rubio, manteremos uma política de tolerância zero para qualquer funcionário que comprometa a segurança nacional dos Estados Unidos", declarou Pigott.
O comunicado não identifica o diplomata, mas tanto ele como a companheira surgem num vídeo gravado secretamente e divulgado na Internet pelo ativista conservador James O"Keefe.
Em Pequim, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Guo Jiakun recusou comentar o caso, que classificou como "um assunto interno dos Estados Unidos". "Gostaria apenas de sublinhar que nos opomos a traçar linhas com base em diferenças ideológicas e a difamar maliciosamente a China", acrescentou.