A morte do porta-voz do grupo jiadista Estado Islâmico, Abu Mohamed al-Adnani, foi reivindicada por Washington e por Moscovo.
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Abu Mohamed al-Adnani era o chefe de propaganda do movimento, recrutador de topo e cérebro de uma série de atentados no Ocidente reivindicados pelo grupo jiadista.
O Estado Islâmico (EI) anunciou na terça-feira a morte de Adnani na província de Alepo (norte da Síria), quando "inspecionava as operações militares", sem precisar a data, nem as circunstâncias da sua morte.
O Pentágono afirmou depois que a coligação internacional anti-jiadista conduzida pelos Estados Unidos tinha realizado um ataque aéreo perto de Al-Bab, no nordeste de Alepo, tendo como alvo Abu Mohamed al-Adnani, embora não tivesse confirmado a sua morte no imediato.
A Rússia, por seu turno, reivindicou esta quarta-feira o bombardeamento que matou Adnani, indicando que o alto responsável jiadista integrava um grupo de cerca de 40 combatentes do EI mortos na terça-feira num ataque de um bombardeiro russo Su-34 perto da localidade de Oum Hoch, na região de Alepo.
Conhecido pelos serviços de informações ocidentais como o "ministro dos atentados", Adnani exortou os partidários do grupo radical a utilizarem qualquer arma - facas, pedras ou veículos - contra os cidadãos dos países que combatem os jiadistas.
Independentemente de quem possa ter sido responsável, a morte de Adnani representa, segundo analistas, um grande golpe para o EI, que este ano sofreu vários reveses, incluindo perdas territoriais e o assassinato de outras figuras de topo.
Adnani, um sírio nascido em 1977, era "o mais visceralmente agressivo líder do ISIS aos olhos do público", disse Charles Lister, do centro de investigação Middle East Institute."Sem a sua voz explosiva, o ISIS pode ter mais dificuldade em inspirar os intensos níveis de violência que ele conseguiu", adiantou.