Eurodeputados instam UE a manter "financiamento sustentável" às forças ucranianas
Eurodeputados da subcomissão de Defesa, que hoje terminaram uma visita a militares ucranianos, instaram as instituições da União Europeia e os Estados-membros a manterem um "financiamento sustentável" às forças armadas ucranianas através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.
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"Apelamos a todas as instituições da União Europeia (UE) e aos Estados-membros para que continuem a fornecer as capacidades necessárias [à Ucrânia], nomeadamente através do financiamento sustentável do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz", afirmou o eurodeputado austríaco Lukas Mandl, do Partido Popular Europeu, em comunicado.
Para o vice-presidente da subcomissão da Segurança e da Defesa do Parlamento Europeu e responsável por esta delegação de eurodeputados que esteve na Alemanha e Polónia entre segunda-feira e hoje para acompanhar o treino de militares ucranianos, "ao apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário, incentiva-se também a Missão de Assistência Militar da UE para a Ucrânia a trabalhar em parceria com o Estado-Maior ucraniano para garantir uma abordagem adequada à duração e à evolução da guerra".
Já falando sobre a Missão de Assistência Militar da UE à Ucrânia após observar a formação das forças armadas ucranianas, Lukas Mandl indicou, em nome dos cinco eurodeputados presentes na visita, estar "confiante de que, com esta formação adicional da UE", os militares ucranianos "serão mais eficazes quando regressarem a casa".
Em novembro de 2022, o Conselho da UE lançou a Missão de Assistência Militar da UE de apoio à Ucrânia, prevendo a formação individual, coletiva e especializada de elementos das forças armadas ucranianas em vários Estados-membros da UE.
Dados divulgados em junho deste ano revelaram que já tinham sido formados em solo europeu 24 mil militares de um objetivo de 30 mil para este ano.
Também nessa altura, os 27 Estados-membros da UE decidiram aumentar em 3,5 mil milhões de euros o teto financeiro do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), para assegurar a sustentabilidade deste instrumento e assegurar a resposta a conflitos, que tem vindo a ser usado para entregar munições às forças armadas ucranianas.
Ao todo, Portugal é responsável por 170 milhões de euros (o equivalente a 1,5%) do total de 12 mil milhões que a UE poderá disponibilizar à Ucrânia até 2027, para sua defesa, de acordo com o Governo.
O MEAP foi criado em 2021 para apoiar parceiros da UE nas áreas militar e da defesa, com o principal objetivo de prevenir os conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).